Imóvel, em Manoel da Ilhota, pertence à mulher chamada Lucy. Foto: Alcyr Ramos
Templo Pentecostal Casa do Saber é acusado de receber R$ 25 mil por mês para realizar trabalhos sociais, porém o endereço citado nos autos do processo é residencial.
Templo Pentecostal Casa do Saber é acusado de receber R$ 25 mil por mês para realizar trabalhos sociais, porém o endereço citado nos autos do processo é residencial.
O local onde funcionaria o Templo Pentecostal Casa do Saber – uma das igrejas acusadas de receber R$ 25 mil por mês para realizarem trabalhos sociais – é, na verdade, um endereço residencial. O endereço citado nos autos do processo – Rua Expedicionário Sérgio Bernardino, em Manoel da Ilhota – pertence a uma moradora que se identificou apenas pelo nome de Lucy. Ela informou que frequentemente é procurada sobre o assunto.
“Todo ano, quando chega perto da eleição, vem alguém aqui me procurar para prestar esclarecimentos sobre o assunto, mas eu não tenho nada a ver com isso. Antigamente, a casa pertencia a um pastor. Depois, ficou abandonada por algum tempo e há dois anos eu me mudei para cá. Acredito que nunca tenha funcionado igreja nenhuma aqui”, afirmou.
O presidente da Associação de Moradores e Amigos de São Gonçalo (Amasg), Valdo Barros, classifica como imoral a doação de dinheiro público para entidades religiosas.
“Se esse dinheiro fosse realmente aplicado na área social, seria bom mas imoral, pois igrejas têm outras finalidades, e a Prefeitura pode muito bem aplicar esse dinheiro ela mesma. A gente sabe que tem muitas entidades não-governamentais sérias e fazem bom uso das verbas, mas não são todas. Sempre tem uma ou outra que desvia, mas é difícil comprovar”, disse.
A Prefeitura de São Gonçalo não enviou resposta sobre o assunto até o fechamento desta edição.
fonte:O Fluminense
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