segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ventos fortes atingem Campos e provocam quedas de árvores e prejuízos

Carlos Grevi / Daniela Abreu

Fenômeno ocorre devido à aproximação de uma frente fria

Os fortes ventos que atingiram a cidade de Campos no final da manhã desta segunda-feira (06/05) trouxeram vários transtornos à população e o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado por moradores de vários pontos da cidade, onde árvores e até parte de construções de prédios caíram, causando susto e interdição de avenidas.

Na Rua Barão de Miracema, uma árvore caiu na rua. Na Avenida 28 de Março uma árvore derrubou parte do muro do estádio do Americano Futebol Clube e na Avenida 24 de Novembro, no Parque Santa Rosa, uma árvore removeu toda a rede elétrica.

Já na estrada de São Martinho, que dá acesso à localidade de Tocos, uma árvore caiu sobre a pista. No bairro do Caju, uma árvore caiu sobre a rede elétrica que pegou fogo.

No final da Rua Ipiranga, uma parede de um prédio em construção caiu. O Sindicato da Construção Civil foi acionado, mas ainda não soube informar se trabalhadores se feriram. A equipe do Site Ururau esteve no local, mas não havia nenhuma movimentação de resgate e nem mesmo das equipes de trabalho. Vizinhos disseram que com o barulho todos se assustaram e para sorte, o que despencou caiu dentro da área do próprio prédio.

Uma árvore da espécie Ficus de aproximadamente seis metros de altura caiu e arrancou fios de alta tensão da rede elétrica da Rua Anfilóquio de Lima, no Caju. A moradora Michele Passebom disse que estava saindo de casa quando por volta das 10h45, a árvore caiu atrás de seu carro. Por pouco o veículo não foi atingido.

“Estava sozinha no carro, foi um barulho como de uma explosão. O susto foi muito grande. Quando olhei a árvore já estava no chão e tomado toda a parte da rua. Ainda bem que eu estava sozinha no carro”, contou Michele, acrescentando ainda que o fio que foi arrebentado ficou repleto de fogo. Moradores acionaram o Corpo de Bombeiros Militar. As casas estão sem energia elétrica.

Com a força do vento parte da lateral do muro do estádio do Americano Futebol Clube, desmoronou. De acordo com o presidente do clube, Cesar Gama, o muro teria caído por causa de uma árvore que forçou a parede. Logo após o ocorrido, funcionários do clube iniciaram a retirada dos entulhos e sinalizaram a avenida, até a chegada da Guarda Civil Municipal (GCM).

Em outro trecho da Avenida 28 de março, entre a Tenente Coronel Cardoso e a Praça quatro de Julho, uma empresa interditou o trecho, temendo que pedaços de madeira ou outros materiais de contrução de um prédio causassem um acidente. E foi por pouco, pois depois que a pista foi fechada, partes caíram na avenida.

No trecho da Avenida 28 de março, próximo ao Alzira Vargas um outdoor foi arrancado pela força dos ventos.

De acordo com Carlos Augusto Alencar, técnico em meteorologia, isso ocorre devido à chegada de uma frente fria. Ele explicou que quanto maior a diferença da alta pressão para a zona ou região de baixa, maior o deslocamento do ar.

RIO DE JANEIRO REGISTRA RAJADAS DE VENTO DE MAIS DE 90 KM/H

Chuva e ventos fortes atingiram a capital fluminense no início da manhã desta segunda-feira (06/05). A estação de medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Copacabana, na zona sul da cidade, registrou rajadas de vento de 93 quilômetros por hora (km/h) às 8h.

Na estação de Marambaia, na zona oeste, foram registradas, às 7h, rajadas de 86 km/h. O vendaval que atingiu a cidade provocou quedas de árvores e o fechamento de ruas das zonas norte, oeste e do centro. O metrô chegou a ter o tráfego interrompido entre as estações de Colégio e Pavuna, na zona norte, devido à queda de uma árvore no trilho.

O mau tempo também prejudicou o funcionamento do corredor exclusivo para ônibus da zona oeste do Rio, conhecido como BRT Transoeste. As chuvas que atingiram a região provocaram uma queda de energia, que deixou apagados sinais de trânsito, além de seis estações de embarque e desembarque de passageiros. Os ônibus passaram a trafegar com velocidade mais reduzida.

Os aeroportos não chegaram a fechar, mas tiveram que operar por instrumentos, opção usada quando há mau tempo que dificulta pousos e decolagens.