Mulher que fez aborto e jogou feto no esgoto é presa em Cariacica
Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória
Está presa no presídio de Tucum a mulher acusada de tomar remédios para provocar um aborto, em Cariacica. Na delegacia a acusada afirmou que foi vítima de abuso sexual e ficou com medo de contar para o marido.
Lucilene Aparecida Nogueira, de 31 anos, foi presa nesta terça-feira (2) acusada de praticar aborto e jogar o feto na rede de esgoto da própria casa no último sábado (30). O caso foi exibido aqui na TV Vitória nesta segunda-feira. Um vizinho da acusada encontrou o feto, que já estava praticamente formado, dentro desta caixa de esgoto. Lucilene diz ter feito o aborto num momento de desespero.
"Eu fui ameaçada, forçada a ter relacionamento e não era com meu esposo. Então o que me motivou a fazer aborto foi isso. Eu fui violentada", revelou.
Ainda de acordo com a acusada, ela não procurou a polícia por que ficou com medo. "Foi uma violência sofrida por uma ex-pessoa com quem eu me relacionava onde a gente já tem processo, vários boletins de ocorrência, já tive que chamar várias vezes a viatura para me socorrer dele. Então para salvar meu casamento, preservar meus filhos, eu decidi por isso", contou Lucilene.
A jovem estava internada no último (31) domingo no Hospital São João Batista, em Cariacica, e assim que recebeu alta nesta terça foi conduzida por policiais até a Divisão de Homicídios de Vitória, onde foi presa em flagrante.
"Os investigadores constataram que somente algumas casas tinham ligação com a rede de esgoto daquela caixa. A moradora de uma dessas casas contou que a filha dela estava grávida, passou mal e foi ao hospital. Daí a suspeita que levou até a moça", explicou o delegado Arthur Luiz Bogoni.
Este já é o segundo caso de aborto exibido pela TV Vitória somente este mês. Segundo o delegado, na maioria das vezes as mulheres que praticam este crime acham que não serão descobertas e assumem o risco que muitas vezes podem levar até a morte.
Um caso que teve bastante repercussão foi da jovem Camila Ramos, de 19 anos, que morreu no dia 11 de outubro depois de se submeter a um aborto no quarto mês de gestação. A acusada de praticar o crime é a costureira Carmem de Souza, de 61 anos, que foi detida mas não pôde ser presa por que estava no período eleitoral. A polícia aguarda a acusada se apresentar na delegacia.
fonte:Folha Vitória
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