Avisa proíbe fabricação de mamadeiras feitas com bisfenol A
Reprodução
Substância pode trazer malefícios à saúde na fase adulta da vida
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou nesta quinta-feira (16/09), a decisão de proibir a fabricação e venda de mamadeiras com bisfenol A (BPA) na composição. A medida foi tomada para proteger a saúde das crianças, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o bisfenol.
A susbtância já foi proibida em países como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, além de alguns estados norte-americanos, fatos que foram utilizados também como justificativa da proibição no Brasil.
A suspeita sobre os prejuízos que a ingestão do bisfenol causa à saúde datam da década de 1930. Um estudo em 2007 concluiu que o bisfenol A bloqueia os receptores do hormônio da tireóide. Em 2008 um relatório do NTP (Programa Toxicológico Nacional) dos EUA já expressou "alguma preocupação por efeitos sobre o cérebro, comportamento e glândula próstata em fetos, bebês e crianças".
Além disso, a exposição neonatal ao BPA pode afetar o comportamento ligado ao dimorfismo sexual no adulto e estudos também atestam que mesmo em nanodosagem, o processo da memória pode alterar, a longo prazo, a potenciação hipocampo.
A Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur) contesta o prazo estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a retirada do mercado das mamadeiras feitas com bisfenol A.
A partir de 2012, está proibida a presença da substância nas mamadeiras fabricadas no país e nas importadas. As empresas terão três meses para retirar os produtos do mercado, a partir da publicação no Diário Oficial da União. Aquelas produzidas nesse período poderão ser vendidas até 31 de dezembro deste ano.
Para o presidente da Abrapur, Synésio da Costa, o recolhimento é “inviável” nesse prazo. Segundo ele, o estoque antigo, dos últimos cinco anos, está no mercado. “A decisão não é viável. A Anvisa não informou como será o reembolso ao fabricante. Foi uma decisão monocrática”, disse, sem especificar a quantidade de produtos antigos.
Costa disse que a entidade não é contrária à proibição do uso do bisfenol A. De acordo com ele, a indústria já não fabrica mamadeiras com a substância desde 2010 e adotou o polipropileno, que não tem bisfenol na composição. O presidente da Abrapur destaca que não há relatórios que provem que a substância coloca em risco a saúde humana, mesmo a de crianças e bebês.
Em nota, a Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos afirma que a entidade acata a decisão da Anvisa. “A indústria fabricante de mamadeiras e produtos afins sempre os produziu seguindo as especificações de segurança da referida agência, que se mostraram adequadas, conforme legislações internacionais, e entendeu serem suficientes para garantir a segurança dos usuários. Apesar disso, toma conhecimento do novo posicionamento e acata a decisão”, diz a organização, que representa os fabricantes de plástico.
A Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur) contesta o prazo estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a retirada do mercado das mamadeiras feitas com bisfenol A, já que a partir de 2012, as empresas terão três meses para retirar os produtos do mercado, a partir da publicação no Diário Oficial da União. Aquelas produzidas nesse período poderão ser vendidas até 31 de dezembro deste ano.
Em nota, a Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos afirma que a entidade acata a decisão da Anvisa.
“A indústria fabricante de mamadeiras e produtos afins sempre os produziu seguindo as especificações de segurança da referida agência, que se mostraram adequadas, conforme legislações internacionais, e entendeu serem suficientes para garantir a segurança dos usuários. Apesar disso, toma conhecimento do novo posicionamento e acata a decisão”, diz a organização, que representa os fabricantes de plástico.
Já na Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que lidera uma campanha contra o uso da substância a decisão da Anvisa foi bem recebida. Para a subcoordenadora da campanha da Sociedade de Endocrinologia, Elaine Cota, o bisfenol deve ser banido de brinquedos e embalagens plásticas usadas para guardar alimentos.
“Deveria ser proibido em todas as embalagens que acondicionam alimentos e nos brinquedos plásticos. As crianças não vão só usar a mamadeira, mas também o copinho plástico”, disse Elaine, que integra o grupo dos desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional de São Paulo.
“Quando a criança morde um brinquedo, a substância pode se desprender”, acrescentou a medica que disse ainda que os efeitos podem ser vistos muitos anos depois ou em outras gerações. Uma criança exposta pode ter infertilidade na vida adulta.
Como evitar a exposição ao BPA
- Não esquentar no micro-ondas embalagens de plástico com bebidas ou alimentos, pois o bisfenol é liberado em maior quantidade quando o plástico é aquecido
- Evitar o consumo de alimentos e bebidas enlatadas. A substância é usada como resina para revestimento interno das latas
- Preferir embalagens de vidro, porcelana e aço inoxidável para armazenar alimentos e bebidas
- Descartar utensílios plásticos lascados ou arranhados
- Evitar a utilização de embalagens plásticas com os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) porque podem ter bisfenol A na composição.
A susbtância já foi proibida em países como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, além de alguns estados norte-americanos, fatos que foram utilizados também como justificativa da proibição no Brasil.
A suspeita sobre os prejuízos que a ingestão do bisfenol causa à saúde datam da década de 1930. Um estudo em 2007 concluiu que o bisfenol A bloqueia os receptores do hormônio da tireóide. Em 2008 um relatório do NTP (Programa Toxicológico Nacional) dos EUA já expressou "alguma preocupação por efeitos sobre o cérebro, comportamento e glândula próstata em fetos, bebês e crianças".
Além disso, a exposição neonatal ao BPA pode afetar o comportamento ligado ao dimorfismo sexual no adulto e estudos também atestam que mesmo em nanodosagem, o processo da memória pode alterar, a longo prazo, a potenciação hipocampo.
A Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur) contesta o prazo estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a retirada do mercado das mamadeiras feitas com bisfenol A.
A partir de 2012, está proibida a presença da substância nas mamadeiras fabricadas no país e nas importadas. As empresas terão três meses para retirar os produtos do mercado, a partir da publicação no Diário Oficial da União. Aquelas produzidas nesse período poderão ser vendidas até 31 de dezembro deste ano.
Para o presidente da Abrapur, Synésio da Costa, o recolhimento é “inviável” nesse prazo. Segundo ele, o estoque antigo, dos últimos cinco anos, está no mercado. “A decisão não é viável. A Anvisa não informou como será o reembolso ao fabricante. Foi uma decisão monocrática”, disse, sem especificar a quantidade de produtos antigos.
Costa disse que a entidade não é contrária à proibição do uso do bisfenol A. De acordo com ele, a indústria já não fabrica mamadeiras com a substância desde 2010 e adotou o polipropileno, que não tem bisfenol na composição. O presidente da Abrapur destaca que não há relatórios que provem que a substância coloca em risco a saúde humana, mesmo a de crianças e bebês.
Em nota, a Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos afirma que a entidade acata a decisão da Anvisa. “A indústria fabricante de mamadeiras e produtos afins sempre os produziu seguindo as especificações de segurança da referida agência, que se mostraram adequadas, conforme legislações internacionais, e entendeu serem suficientes para garantir a segurança dos usuários. Apesar disso, toma conhecimento do novo posicionamento e acata a decisão”, diz a organização, que representa os fabricantes de plástico.
A Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur) contesta o prazo estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a retirada do mercado das mamadeiras feitas com bisfenol A, já que a partir de 2012, as empresas terão três meses para retirar os produtos do mercado, a partir da publicação no Diário Oficial da União. Aquelas produzidas nesse período poderão ser vendidas até 31 de dezembro deste ano.
Em nota, a Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos afirma que a entidade acata a decisão da Anvisa.
“A indústria fabricante de mamadeiras e produtos afins sempre os produziu seguindo as especificações de segurança da referida agência, que se mostraram adequadas, conforme legislações internacionais, e entendeu serem suficientes para garantir a segurança dos usuários. Apesar disso, toma conhecimento do novo posicionamento e acata a decisão”, diz a organização, que representa os fabricantes de plástico.
Já na Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que lidera uma campanha contra o uso da substância a decisão da Anvisa foi bem recebida. Para a subcoordenadora da campanha da Sociedade de Endocrinologia, Elaine Cota, o bisfenol deve ser banido de brinquedos e embalagens plásticas usadas para guardar alimentos.
“Deveria ser proibido em todas as embalagens que acondicionam alimentos e nos brinquedos plásticos. As crianças não vão só usar a mamadeira, mas também o copinho plástico”, disse Elaine, que integra o grupo dos desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional de São Paulo.
“Quando a criança morde um brinquedo, a substância pode se desprender”, acrescentou a medica que disse ainda que os efeitos podem ser vistos muitos anos depois ou em outras gerações. Uma criança exposta pode ter infertilidade na vida adulta.
Como evitar a exposição ao BPA
- Não esquentar no micro-ondas embalagens de plástico com bebidas ou alimentos, pois o bisfenol é liberado em maior quantidade quando o plástico é aquecido
- Evitar o consumo de alimentos e bebidas enlatadas. A substância é usada como resina para revestimento interno das latas
- Preferir embalagens de vidro, porcelana e aço inoxidável para armazenar alimentos e bebidas
- Descartar utensílios plásticos lascados ou arranhados
- Evitar a utilização de embalagens plásticas com os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) porque podem ter bisfenol A na composição.
fonte:Ururau.com
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