sábado, 17 de setembro de 2011


Prefeituras vão cortar projetos se perderem royalties

Casagrande diz que situação é difícil, mas segue com negociação


foto: Divulgação
Presidente Kennedy - ES - Famílias cadastradas na prefeitura terão 350 casas populares em 2010 - Editoria: Economia AG - Foto: Divulgação
Municípios que recebem mais royalties no Estado já avaliam que terão que interromper obras, refazer projetos e cortar gastos com bolsas de estudo e transporte público se houver redução no repasse de royalties
Denise Zandonadidzandonadi@redegazeta.com.br
A proposta do governo federal de fazer uma nova divisão dos royalties poderá acarretar, para os municípios produtores capixabas, sérias dificuldades nos próximos anos. No caso de Presidente Kennedy e Itapemirim, duas das cidades que mais recebem no Estado, obras serão paralisadas e projetos novos serão abandonados.
Enquanto os prefeitos fazem previsões sombrias, em Brasília o clima ficou mais tenso ontem, segundo avaliação do governador Renato Casagrande. "Por incrível que pareça, os Estados não produtores consideram que a proposta do ministro Guido Mantega não satisfaz. Eles querem mais do que os R$ 3,2 bilhões previstos para serem divididos entre todos os Estados e municípios já em 2012", explica.
Casagrande manteve contato com ministros, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o senador Wellington Dias (PT-PI), dois dos articuladores do grupo dos não produtores. Ele conversou, ainda, com a bancada capixaba e reforçou a necessidade de continuar as negociações para se chegar a uma alternativa.
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DependênciaAno passado, Itapemirim, Presidente Kennedy e Linhares receberam, juntos, R$ 128,4 milhões em royalties e participação especial. Com a entrada em operação de novas plataformas no litoral capixaba, de janeiro a agosto deste ano, as três cidades já receberam R$ 161,9 milhões.
Para o prefeito de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta(foto), a proposta do governo vai prejudicar mais os municípios do que os Estados produtores. "Se houver a redução, vamos parar o projeto para construir mais 350 casas populares e os projetos de novas escolas serão interrompidos", ressalta Quinta.
R$ 1,5 bi - É o total previsto para o Estado em 2012. Desses R$ 250 milhões seriam reduzidos, caso a proposta do governo federal seja aprovada.
R$ 3,2 bi - É quanto será tirado dos Estados e municípios produtores, em 2012, para ser dividido com os Estados e cidades que não produzem.
Mantega: cada um tem de ceder
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os Estados produtores têm de ceder para  um acordo sobre a partilha dos royalties. Cada um tem que ceder um pouco, a União vai ceder um pouco".
Repercussões
"Se houver alteração nos contratos, a Petrobras vai ter que disputar judicialmente 
José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras sobre proposta de elevar valor de participação especial
"O governo vai examinar a proposta de reduzir a fatia da União na divisão dos recursos arrecadados com a Participação Especial".
Edison Lobão, ministro de Minas  e Energia
"Os municípios têm que arcar com os gastos para suprir as necessidades criadas a partir da chegada das empresas de petróleo".
Éder Botelho, secretário de Finanças de Itapemirim
"O Espírito Santo tem uma posição de entendimento e pretende manter a decisão de continuar negociando até encontrar uma saída".
Renato Casagrande, governador do Estado

Fonte:blog Kennedense com informações- Gazeta On Line

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