quarta-feira, 19 de setembro de 2012


FESTA DA DEMOCRACIA EM SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA: 1º DEBATE DE PROPOSTAS ENTRE OS CANDIDATOS A PREFEITURA

Por: Genecy Filho

O debate promovido pela Radio São Francisco FM na noite de ontem, (18/09), deu um exemplo da forma civilizada de se fazer política. É debatendo ideias e propostas que se pode chegar a um denominador comum sobre o melhor para a população de um modo geral. Os tempos são outros. As pessoas são mais esclarecidas. O tempo da política de baixo nível, de usar a palavra para denegrir moralmente o adversário deve ficar para trás. E cabe ao eleitor, aquele que tem o poder nas mãos, rechaçar, repelir, ignorar aqueles que ainda se utilizam de tal prática para  chegar ao poder. Foram momentos de extrema demonstração de democracia. Onde os dois adversários políticos, e não inimigos, puderam expor suas propostas para o futuro do município, sem que acusações pessoais fossem feitas. Será que tal postura não poderia ser mantida durante todo o processo eleitoral? Poderá sim. Cabe a cada eleitor cobrar de seus candidatos uma postura respeitosa em relação ao adversário e, ao mesmo tempo, comportar-se respeitosamente com aqueles que decidiram, democraticamente, optar por outro candidato que não seja o seu. Toda vez que um candidato usa seu precioso tempo para denegrir a imagem de seu adversário e o eleitor responde com aplausos e risos, ele (o candidato) se sente desobrigado de pensar e elaborar propostas para o bem estar dos próprios eleitores e, por outro lado, o eleitor fica impedido de reclamar no futuro já que e ele nada foi prometido, além de momentos de risos que se transformarão em “chororô” mais tarde. Proponho a cada eleitor que não concordar com a prática dessa política difamatória e chula, interpelar seu candidato, pessoalmente ou por via indireta (carta, bilhete, e-mail, etc), pedindo que cesse com tal prática, sob a pena de perder o seu voto. Quem sabe dessa maneira conseguiremos transformar o pleito eleitoral, realmente, num festa democrática, onde todos tenham o livre arbítrio de optar em quem votar, sem se sentir vigiado, xingado, discriminado, etc... Chega de baixaria! Chega de desavenças! Chega de perseguições! Chega de enganações! O voto é um direito legal e sagrado! E caso ainda não saibam, por lei, o voto é secreto. Afinal de contas a prática do voto de cabresto e do curral eleitoral não cabe mais em pleno século 21, onde as pessoas são mais qualificadas e conhecem, (ou deveriam conhecer), seus direitos e deveres perante a lei.

Mas uma vez, parabéns a Radio São Francisco FM, pela iniciativa e pela condução do debate, que se configurou num marco histórico na política de nosso município. Parabéns aos candidatos que, de forma respeitosa, se portaram como legítimos futuros comandantes da vida de milhares de sanfranciscanos ávidos por mudanças, por projetos que venham melhorar a vida do povo, na essência da palavra. Que essa postura, digna, respeitosa e democrática seja a tônica da campanha de ambos até o dia 07 de outubro. E que seja permitido a todos os eleitores, de forma livre e democrática, escolherem aqueles candidatos que melhor representem seus anseios e os anseios da população de um modo geral. Afinal de contas, o eleito será o representante legal de todos os munícipes e não apenas dos que nele votaram. 
Para saber:
1-     voto de cabresto é um sistema tradicional de controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do Brasil como característica do coronelismo;
2-     Curral eleitoral é uma expressão utilizada por historiadores brasileiros na República Velha que indicava uma região onde um político possuía grande influência, é bastante conhecido ou onde é muito bem votado. A origem da expressão vem do tempo em que o voto era aberto no Brasil. Assim, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. Nesses locais o coronel oferecia ao eleitor trabalho, dinheiro, moradia, para votar em seu candidato.

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