Mulher se destaca como ajudante de pedreiro em Guaçuí
Ela é jovem, 23 anos, casada, mãe de uma filha de seis anos e chama a atenção das pessoas que se surpreendem ao vê-la trabalhando na atividade braçal.
As mulheres em todo o mundo estão colhendo os resultados do movimento feminista iniciado no século XX, na Europa e nos Estados Unidos, em busca de melhores condições de vida e trabalho.
É cada vez mais comum vermos mulheres ocupando cargos importantes e com destaques em diversas áreas. Em Guaçuí, sul do Estado do Espírito Santo, Luana Araújo Lima, uma jovem de 23 anos, casada, técnica em enfermagem, que não exerce a profissão, chama a atenção das pessoas não pela sua beleza jovial, mas por ser mulher e exercer a atividade de ajudante de pedreiro.
Ela é filha de Jorge Luiz Pelegrine de 53 anos, que exerce a profissão de pedreiro já por 35 anos, sendo muito requisitado pelo seu talento na profissão. Luana Lima começou na atividade já por três anos ajudando a seu pai. “Já trabalhei em diversas obras com meu pai que já até perdi as contas”.
Ela desenvolve serviços de pintura, emassamento de parede, amarra ferragens, carrega massa, lixa, etc., possui uma desenvoltura tão satisfatória que seu pai comprou uma máquina de lixar paredes para que a jovem pudesse ajudá-lo.
Luana Lima é casada e tem uma filha de seis anos. No período noturno trabalha em um trailer da cidade na venda de lanches. Não exerce a profissão de auxiliar de enfermagem porque começou o curso com o objetivo de ingressar na PM. “Meu sonho é ingressar na PM e é o que vou conseguir” – afirma com voz objetiva e sem inibição.
Nas horas de folga não descuida da beleza, principalmente com os cremes. “Faço uso constante dos cremes para as mãos por causa da massa e do manuseio das ferramentas, e para o rosto por causa do sol”.
Mesmo para uma atividade incomum para uma mulher no interior, Luana Lima disse que já se acostumou com os olhares e com as indagações das pessoas, “faço porque gosto e porque é uma atividade importante e muito digna, além de poder estar ajudando a meu pai”. Ela sabe que no interior é incomum ver mulheres nessa atividade, contudo enquanto puder, continuará a trabalhar ao lado de seu pai com muita naturalidade, afirmando que “o mais importante não é a atividade e sim trabalhar e viver com dignidade”.
Viaes |
Nenhum comentário:
Postar um comentário