sábado, 8 de janeiro de 2011

Dona de casa cai no “conto do paco” ao sair de agência bancária em SFI

O golpe foi aplicado por um casal que fingiu não se conhecer
 
 Em pleno século XXI, e ainda tem pessoas inocentes, de boa fé, que acabam caindo no “conto do vigário” ou “conto do paco”.

.

A dona de casa Cristiane Andrade da Silva, conhecida por Ana, 34, casada, mãe de duas meninas moradora do Bairro do Ariticum em São Francisco de Itabapoana (RJ), foi a vítima da vez do golpe do "Paco" que ainda acontece em cidades do interior.
.
Como foi o golpe
Tudo aconteceu na tarde de sexta-feira (07), quando a Cristiane Andrade se deslocou a Caixa Econômica Federal para sacar a importância de R$510 reais, dinheiro do trabalho do marido na Praia de Santa Clara como pedreiro.
.
Era uma tarde de movimento bancário intenso, mas mesmo assim, Cristiane se lembra de um rapaz moreno alto que olhava, através do vidro, da área do auto-atendimento, caixas eletrônicos, para os clientes que estavam na fila no interior da agência. Segundo a dona de casa, tão logo sacou o dinheiro colocou numa carteira e jogou na bolsa de uma loja de calçados em SFI, onde teria que passar para trocar dois pares de sandálias das filhas.
.
Ao sair da agência percebeu que o tal elemento o acompanhava a certa distância. Em dado momento, uma mulher que assumiu a sua dianteira na Avenida Joaquim da Mota Sobrinho deixou cair uma carteira. Na hora ela gritou para a mulher: “Olha sua carteira caiu no chão”. Mas a mulher seguir fingindo não ouvir. O homem que vinha atrás também gritou e apanhou a carteira. “Você deixou cair sua carteira”, disse. Neste momento a mulher que se identificou como Márcia, parou e agradeceu comovida. “Gente, vocês não sabem o que estão fazendo por mim. Eu trabalho com jóias e meu patrão não iria acreditar que tinha perdido este cheque no valor de R$12 mil reais”, disse. A dona de casa chegou a comentar que isso acontece e seguiu seu destino.
.
Entretanto a golpista apenas iniciando a trama falou. “Mas quero recompensar vocês, com dinheiro ou uma jóia. Por favor, vocês vem comigo”, tentou persuadir a mulher. Mas a dona de casa insistiu que não queria recompensa e que precisava chegar à loja para trocar os pares de calçado das filhas. “Vocês podem seguir em frente não preciso de nada não”, comentou a Cristiane. Segundo a dona de casa, a golpista foi mais insistente. “Ela chegou mesmo a segurar no meu braço e disse que fazia questão que fosse com ela no que acabei concordando e fomos caminha até em frente a CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas que fica no mesmo prédio do Legislativo Municipal. “Senta aqui vocês dois que vou ali conversar com meu patrão, no escritório ao lado, e já estou voltando com seus presentes”, disse. Sem alternativa a dona de casa ficou conversando com o rapaz que disse ser evangélico e pessoa honesta.
.
Não demorou muito a golpista surgiu com um vale com duas opções, indicando o valor de R$100 reais ou duas jóias. “Só que o patrão dela queria conhecer agente pelo que fizemos pela loja. Mas ela pediu que primeiro fosse o rapaz, alegando que o patrão não gosta de tumulto no escritório. E assim foi: o rapaz retornou com um relógio muito boninho abraçando e agradecendo a estelionatária dizendo que ela não tinha um patrão e sim um pai", conta. Quando chegou a vez da dona de casa, a mulher pediu que ela fosse de mãos vazias e que deixasse a bolsa com ela, levando apenas o vale “Deixa sua bolsa comigo, assim como eu confiei a você os meus pertences você tem que confiar em mim”, argumentou a golpista.
.
Muito constrangida e nervosa Dona Cristiane só percebeu que havia caído em um golpe quando entrou no escritório e não encontrou o famigerado patrão. “A atendente do tal escritório não sabia informar nada sobre o assunto. Quando voltei, já não encontrei os dois e, então, percebi que realmente tinha caído no "conto do vigário". O casal levou minha carteira com documentos meus, do meu marido e cerca de 600 reais e a mercadoria que iria trocar na loja”, lamentou.
.
Disse ainda que contou com a ajuda da guarda civil municipal que percorreu a Avenida e não encontrou o casal. Na 147º DP, ela registrou a ocorrência e foi aconselhada pelo investigador de plantão a ter cuidado e, sempre desconfiar de pessoas estranhas. Finalmente Cristiane fez questão de dar esta entrevista, mais como alerta as pessoas, para que outros não caiam na mesma cilada. Ela apela, ainda, se alguém encontrar seus documentos entrar em contado com o Blog do Paulo Noel ou com a Rádio São Francisco FM. 
fonte:Blog do Paulo Noel

Nenhum comentário:

Postar um comentário