segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ao invés de agressão, pedidos de desculpas e mudança de liderança


Paulo Sérgio Pinheiro / Leonardo Berenger
Liderança do PPS na Câmara de SJB é retirada de Camarão e vai para Rosa
Liderança do PPS na Câmara de SJB é retirada de Camarão e vai para Rosa

Para os que esperavam um clima acirrado e quente na primeira sessão na Câmara de Vereadores de São João da Barra, depois do episódio da agressão do vereador Zezinho Camarão (PPS) ao colega de partido, Alexandre Rosa (PPS), na última quinta-feira (09/06), foi surpreendido por uma tarde de ao menos mascarada tranqüilidade, onde foi possível ainda ouvir do agressor, pedidos de desculpas extensivo aos colegas da Casa, ao partido (PPS) e aos presentes, sendo que não houve um direcionado ao agredido. Camarão ainda declarou que o clima de instabilidade na cidade provocou sua reação.

O presidente da Câmara, o vereador Gerson da Silva Crispim (Gersinho) confirmou que encaminhou para a Comissão de Ética, que é presidida pelo vereador Carlos Machado da Silva (Kaká), o caso com a fita da gravação e demais documentos, sendo que a ata da sessão foi negada pelos vereadores da base governista, que alegaram que nesta constava que havia ocorrido troca de socos, e não apenas a agressão de Camarão em Alexandre Rosa.

“Encaminhamos para a Comissão de Ética todas as informações e agora vamos aguardar o que vão apresentar”, declarou Gersinho. Já o vereador Kaká declarou que fará todo o procedimento que o cabe como presidente da Comissão de Ética, dentro do prazo estabelecido pelo Regimento da Casa.

NOVA LIDERANÇA DO PPS
O soco não rendeu apenas uma marca no rosto ao vereador Alexandre Rosa. O diretório local encaminhou ofício a Câmara anunciando a mudança na liderança do Partido na Casa, deixando de estar com o agressor, Camarão, e passando para as mãos do agredido, o ex-presidente da Câmara, Alexandre Rosa.

Ainda neste processo, vale ressaltar que Camarão que tinha a liderança do partido faz parte do G4, que faz oposição ao Governo Carla Machado, enquanto que Alexandre Rosa foi exatamente o protagonista da mudança do cenário recentemente, quando anunciou apoio ao Governo e fortaleceu a base Governista, que tinha inferioridade e passou de quatro para cinco vereadores na situação.

LÍDER EXPLICA AS SAÍDA DA SESSÃO E DEFENDE CASSAÇÃO DE CAMARÃO
O vereador Aluízio Siqueira, líder do Governo na Câmara, falou com a equipe do Site Ururau a respeito de toda a confusão na última semana. “A gente não esperava que pudesse chegar a essa situação insustentável de agressão física. A punição mais correta no meu entender seria a cassação, mas como a nossa Comissão de Ética é formada por vereadores do outro lado, e a gente não sabe até onde vai ser transparente esse processo”.

Nesta segunda-feira (13/06) foi a sétima vez que os vereadores que compõem a base governistas deixaram a sessão verificado que não constava na pauta a votação da suplementação na ordem de R$ 51 milhões solicitada pelo Executivo. “Isso não é protesto. Quero deixar claro que como o projeto não foi apreciado, a pauta se trancou e com isso, a gente entra no Plenário, participa do expediente do dia, vota as indicações, requerimentos e moções, mas quando vai para a ordem do dia que é quando se faz a segunda chamada, onde se apresentam projetos de resolução e de Lei, como esse que não estão querendo colocar em votação, aí a gente tem que se retirar porque o Executivo está na Justiça tentando que a 001 (projeto de lei) entre em votação para destrancar a pauta. Se a gente ficasse estaríamos conivente com a improbidade que está sendo praticada. Não podemos liberar a ordem do dia se a Constituição e a Lei Orgânica”, destacou Aluízio Siqueira.

O vereador ressaltou que entende que a Lei não está sendo cumprida. “Acho que a Câmara ainda está atravancando dentro das condições dele, mesmo em minoria. Não estão querendo cumprir a Lei Orgânica, no seu artigo 38, não querendo colocar o projeto em votação desde 31 de março quando foi para a Câmara para ser apreciado e deveria ter sido votado em 02 de maio, e até hoje não se colocou. Então acho que o diálogo está muito prejudicado e poderia estar melhor para acompanhar o desenvolvimento do município que está sendo engessado”.

Sobre uma expectativa para a resolução do caso confirmou que está nas mãos da Justiça. “Ele (presidente Gersinho) diz que só coloca em votação se a Justiça o obrigar como já obrigou, mas recorreu e conseguiu lá uma juntada de documentos que a Desembargadora está pedindo para dar uma decisão, adiando assim a decisão do Juiz daqui, o Doutor Leandro Loyola que o obrigava a marcar uma sessão extraordinária para colocar em votação. A Prefeitura está com várias secretarias engessadas sufocadas de dotação orçamentária por conta do remanejamento mau feito pela mesa diretora que fez um retalhamento total. A verba seria para praticamente todas as secretarias”, finalizou o líder do Governo na Câmara.

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fonte:Ururau.com

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