Os olhos vermelhos da inveja
Dayane Laet
Olhar Cristã
Olhar Cristã
O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos. (Provérbios 14:30)
Como se defender de um sorriso? O que há por trás de um elogio? Por vezes vivi situações onde a dúvida nascia ao me deparar com palavras doces e sorrisos fáceis...mas um olhar beirando a ira. Na maioria das vezes, é assim que a inveja chega até mim: alma exposta pelo olhar, adornada por ‘enfeites’ para amenizar os efeitos devastadores.
Há quem defenda a idéia de versões mais lights, mas cá entre nós, para mim inveja é sempre inveja. Ela azeda bons sentimentos, como admiração e respeito, e faz adoecer tanto quem sente como o alvo. Quem não acredita em seus efeitos corre um sério risco de ser a próxima vitima, já que o principal ataque é o elogio – e contra ele não há defesa – seguido pelos doces sorrisos de admiração.
No dicionário, ela é caracterizada pelo sentimento de cobiça à vista da felicidade ou superioridade de alguém. Também gera tristeza ou desgosto pela prosperidade alheia. Obsessão em possuir exclusivamente o bem de outra pessoa. A versão bíblica, no meu ponto de vista, explica melhor esse sentimento destruidor. Ela afirma que onde nasce a inveja, junto virá a facção, a perturbação e toda obra perversa. (Tiago cap. 3:16)
Muitos são os exemplos, mas o resultado para quem sente se resume a um só: frustração. A admiração pelo outro e tudo que ele possui é tamanha que o invejoso vive a própria vida interpretando um papel secundário, onde o principal personagem não é dele(a), mas de sua vítima.
Vitima, exatamente. Se dou meu melhor no trabalho, sou bonita, tenho amigos presentes e uma família equilibrada, a probabilidade de tornar-me uma presa para alguém infeliz é muito grande. E qualquer coisa pode disparar o gatilho da inveja: uma promoção do emprego, um cabelo bonito ou até mesmo o bom relacionamento entre amigos.
Outros sentimentos, como a fúria e ira são visíveis, mas quem pode enfrentar um inimigo silencioso, que se esconde atrás de uma cortina de traumas e baixa autoestima, sem admitir ajuda?
Corro de pessoas assim, sinto medo mesmo. Não consigo acreditar que minha vida pacata chame atenção de alguém de maneira a gerar nela um sentimento tão perigoso. Infelizmente, já aconteceu e com pessoas muito próximas a mim, o que torna a dor muito mais intensa. Lamento, pois sofri as conseqüências e com o tempo liberei perdão, mas essas pessoas morreram em parte ao decidirem alimentar a obsessão dentro de si, impedindo qualquer possibilidade de cura .
fonte:mais.al/blogs/dayane-laet/
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