quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Repelentes sonoros: será que funcionam?

Entenda quais as alegações dos novos apps que prometem repelir mosquitos e saiba como proteger de fato sua família.

Entenda como funcionam os repelentes sonoros
Nos últimos tempos o mercado tem visto o surgimento dos chamados repelentes eletrônicos ou sonoros. As últimas versões podem ser convenientemente baixadas no celular, em aplicativos como Mosquito Repelente e Anti Mosquito – Sonic Repeller. Além das versões para celular há ainda outras disponíveis para download em computador, CDs e relógios de pulso repelentes.
Todos eles funcionam da mesma forma: ao produzir um som de alta frequência (ultrassom), garantem manter os mosquitos longe, já que esses animais achariam o som desagradável. A ideia é que, com o aplicativo próximo a você, os mosquitos não se aproximariam.
Segundo o Prof. Dr. Carlos Fernando S. Andrade, do Departamento de Biologia Animal da Unicamp, que estudou longamente o assunto, as alegações costumam variar entre três tipos: que o som produzido reproduz o dos machos e portanto repele as fêmeas que já estão acasaladas e que picam; que o som produzido é igual ao das fêmeas, e isso as repele; que o som reproduz o batimento das asas das libélulas predadoras de mosquitos. “Essas justificativas são bizarras, porque essas repelências não existem”, explica.
A própria empresa fabricante do Anti Mosquito diz em sua descrição do produto que não há 100% de resultado, e que cada uma das espécies de mosquito reage ao repelente de forma diversa. De acordo com o biólogo, porém, eles não funcionam em nenhum caso, não diminuem a incidência de mosquitos e nem muito menos acabam com eles. “Em teoria não repelem mosquito nenhum, pois as fêmeas respondem muito mal a sons”, diz. “Nunca vi um artigo técnico-científico demonstrando a eficiência de qualquer aparelho ou som.”
Por isso, para se proteger de verdade o melhor é apostar nos tradicionais métodos: repelente, telas ou inseticidas. “A ideia de que se está protegido sem estar pode causar um mal maior”, acredita Andrade. Portanto, se a curiosidade bater e quiser experimentar os apps, vá em frente: só não faça deles o único método de proteção da sua família.

fonte:Yahoo.com

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