Depois de certificar-se de que a implantação do empreendimento não representa riscos ambientais para a região litorânea, a prefeita Amanda Quinta Rangel, acatando parecer da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, concedeu anuência prévia para o projeto da Usina Termoelétrica de Presidente Kennedy (UTE-PK).
Com a aquiescência do município, o grupo Gera ES vai disputar o próximo leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), visando à concessão federal para o investimento.
Segundo o empresário Reginaldo Vinha, presidente e principal executivo do Gera ES, “a usina é o que há de mais moderno no setor em todo o mundo e deverá estar operando em no máximo cinco anos, a partir do contrato com o Ministério de Minas e Energia para interligar-se ao operador nacional do sistema elétrico. Vamos gerar mais de 800 mw de energia limpa, tendo como matéria-prima o gás canalizado pela Petrobras, via gasoduto Vitória-Campos, que é vizinho da nossa planta industrial, em Marobá”.
Água
Em reunião no gabinete da prefeita, o presidente do Gera ES, acompanhado de diversos assessores técnicos, explicou que já dispõe da outorga da Agência Nacional de Águas (ANA) para captação no Rio Itabapoana, no mesmo ponto já autorizado também ao futuro Porto Central (Praia das Neves).
Amanda Quinta indagou se essa outorga não representaria o “exaurimento da capacidade do Itabapoana, tendo em vista que a Prefeitura também buscará ali a água necessária ao abastecimento de todo o município”. A reposta do presidente foi negativa.
“A Agência Nacional de Águas tem um rigoroso controle dos recursos hídricos e, além da nossa outorga e da que foi concedida ao Porto Central, o município não esgotará nem em 150 anos a captação da água necessária ao abastecimento de uma população quatro vezes maior do que a que Presidente Kennedy conta hoje”, assegurou Vinha.
O empresário acredita que, a partir da outorga da ANA e da anuência prévia da Prefeitura, o licenciamento ambiental junto ao Iema e ao Ibama será acelerado, “com a experiência que nosso grupo, Servtec, tem no setor, de geração exclusivamente de energia limpa, como a eólica, produzida pelos ventos do Nordeste brasileiro, e a termoelétrica que queima somente o gás natural, como o que temos aqui em Presidente Kennedy, sem qualquer impacto ambiental”.
Sem detalhar o valor investido – a área em Marobá já foi adquirida aos empreendedores da Ferrous Resource e do Porto Central – o empresário do setor energético explicou que o governo federal estimula e tem interesse no empreendimento, “tendo em vista que a energia produzida pelas hidrelétricas brasileiras dá sinais de esgotamento".
Ele conclui: "Com a UTE-PK, vamos jogar no sistema elétrico nacional o equivalente a vinte PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas, como as que foram construídas aqui no Espírito Santo”.
Embora sem a confirmação de Reginaldo Vinha, sabe-se que uma termoelétrica como a de Marobá consome entre R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão em investimentos, podendo gerar até 800 empregos diretos durante a construção, estimada para começar em 2015 e acabar em 2019.
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