quinta-feira, 8 de março de 2012

Thaís Cardoso
Redação Folha Vitória

Reprodução


No município de Cachoeiro de Itapemirim as atenções estão voltadas à saúde. Um aumento considerável no número de notificações de coqueluche tem gerado preocupação e ações estão sendo realizadas para controlar a doença.
No ano passado o município teve duas notificações enquanto de janeiro a março deste ano foram registrados 31 casos suspeitos. Até o momento, 30 casos da doença e duas mortes foram confirmados em todo o Espírito Santo.
De acordo com a secretária de Saúde do município, não se trata de um surto. “Não é um surto porque as notificações aconteceram de forma pulverizada. Seria um surto se elas se concentrassem em um único bairro por exemplo. Temos 60 dias para fechar cada ficha e confirmar ou descartar a suspeita de coqueluche. Não sabemos se vamos fechar com 31 casos, mas realmente é um número muito diferente da realidade”, explicou Márcia Alves Fardim Novaes.
Ao observar o aumento de casos, a prefeitura buscou ajuda do Governo do Estado. “Na 12ª notificação nós alertamos a Secretaria Estadual de Saúde e pedimos uma palestra para os médicos e enfermeiros para relembrar como identificar, tratar e acompanhar a doença, já que ela não acontece com tanta frequência.
A secretaria de Saúde também realiza ações de prevenção. De todos os 31 casos notificados, apenas um é de paciente adulto. De acordo com a secretária, as crianças contaminadas têm menos de um ano ou de um a dez anos de idade. “Estamos fazendo um rastreamento dos cartões de vacina de crianças de zero a sete anos em escolas e pré-escolas. Equipes estão indo às escolas, verificando se os cartões estão completos e colocando o que está faltando em dia”, explicou a secretária.
Quando os casos são identificados a equipe de saúde faz uma visita domiciliar e trata as pessoas que próximas ao paciente com antibioterapia, emite atestado de cinco dias para afastar o familiar do emprego ou da escola. Todos os pacientes são monitorados até saírem da fase crítica da doença. Crianças menores de seis meses geralmente são internadas e ficam em isolamento para que a doença não se transforme em uma pneumonia”, disse Márcia.
Saiba mais sobre a coqueluche
A doença se manifesta em três etapas. “A primeira fase é o “período catarral” que se manifesta como uma gripe complicada com coriza, tosse, mal estar. A segunda etapa, o estágio paroxístico, dura mais e é caracterizada por uma tosse que é única da coqueluche. Ela é súbita, não se tem controle sobre ela. A criança tosse sem parar, inspira profundamente e termina com um guincho. Essa tosse pode dar falta de ar, sudorese e até vômito. Já a etapa de finalização da doença é mais calma, com poucos episódios de tosse, mas que pode ser agravada se a pessoa contrair pneumonia. A pessoa contagiada deve evitar aglomerados, manter as mãos higienizadas e evitar tossir próximo a outras pessoas”, explicou a Dra Márcia.


Contágio
Ainda de acordo com a secretária, o contágio é direto do paciente. “Pode ocorrer através do espirro, tosse, da fala (gotículas de saliva em contato com o outro) e pode-se contrair com mais facilidade se não estiver imunizado adequadamente”, afirmou.

Vacinação

“A imunização tem que ser completa, não só no primeiro ano de vida, mas tomar as duas doses do reforço porque assim a pessoa ficará com imunidade de 5 a 10 anos”, disse Márcia.


fonte:Folha Vitória

Nenhum comentário:

Postar um comentário