Fotos: Mauro de Souza
Uma parte de muro, de cerca de 15 metros de extensão e cinco de altura caiu na tarde de sexta-feira (27/04), por volta das 15h30, na Avenida 28 de março, em frente ao Shopping Avª 28, em Campos. No terreno, onde funcionava a antiga Vasa, funciona um feirão de automóveis, há cerca de uma semana. Parte da Avenida 28 de Março ficou interditada.
Segundo populares, para dar acesso ao local do feirão, pela 28 de março, os responsáveis teriam aberto uma passagem, o que poderia ter danificado a estrutura e ocasionado a queda.
Paulo Roberto, de 64 anos, havia acabado de estacionar a motocicleta na calçada rente ao muro. Segundo ele, minutos depois ouviu um barulho e quando viu sua moto estava sob os escombros.
“Eu nasci de novo. Parei a moto e entrei no feirão e depois só ouvi um barulho. Ainda vim aqui na frente pra olhar e vi minha moto embaixo do entulho.” Disse o funcionário público.
O Corpo de Bombeiros acionou a Defesa Civil, que por sua vez solicitou um engenheiro, por parte dos proprietários para avaliar a situação e liberar a retirada dos entulhos.
Somente às 17h, máquinas providenciadas pela empresa proprietária começaram a fazer a remoção do muro e populares questionaram a demora na ação, já que não havia certeza da existência ou não de vítimas.
De acordo com o Comandante do 5º Grupamento de Bombeiro Militar, Coronel Sila Pereira, numa situação onde há possibilidade de sobrevivente a ação deve ser imediata, o que não ocorreu neste caso, onde a possibilidade de uma possível vítima sobreviver seria praticamente nula.
"Quando um prédio desaba formam-se lacunas entre os escombros, isso possibilita que existam sobreviventes. Neste caso foi uma grande chapa de concreto que desabou. Só se sobreviveria por milagre e como o muro é bastante grosso optou-se por esperar a retroescavadeira. Estamos orientando o trabalho de remoção do entulho, para que no caso de haver alguma vítima, seja possível preservar o corpo." Explicou o comandante.
O engenheiro civil, Rui Marcos Rangel explicou que seria prematuro alguma avaliação sobre o motivo que ocasionou a queda da estrutura, mas que um laudo técnico seria elaborado, para apurar tais fatos.
"Ainda não tem como dizer o que causou a queda do muro, mas vamos fazer um laudo técnico para dar o parecer. Mesmo assim a ordem é de que o restante da estrutura que ameace desabar seja demolida ainda hoje.” Explicou.
O gerente responsável pelo feirão, que expõe cerca de 600 veículos de 11 concessionárias, Marcelo dos Santos Siqueira revelou que a entrada foi aberta em virtude do feirão e que toda intervenção no local aconteceu com conhecimento do proprietário.
fonte:Ururau.com
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