Dia internacional da maconha: ato pede legalização da erva
Moradores de Copacabana e pessoas que passavam pela orla da praia na madrugada da sexta-feira tiveram uma surpresa. Representantes da rádio Legalize, que apoiam a liberação da maconha para uso pessoal, colocaram 420 réplicas da folha da planta em uma faixa de areia em frente ao hotel Copacabana Palace.
O ato tem como objetivo pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o órgão aceite o projeto. O SRZD entrevistou um dos ativistas Roani Mouchoque, que explicou a causa e comentou a reação das pessoas.
A data e hora escolhidas para a manifestação não foram por acaso. O dia 20 de abril é considerado internacionalmente o dia da maconha, enquanto o número 420 simboliza a erva, segundo Roani.
Tendo início às 4h20 da manhã e término às 16h20, o ativista disse que a proposta é que a cultivação da planta seja liberada para uso pessoal. Sem restringir a quantidade da plantação, se aprovada, uma pessoa pode plantar o número de pés que quiser. "O crime seria caracterizado se houvesse a venda da erva", explicou o representante.
Mouchoque, que é usuário da droga, acredita que a criminalidade irá diminuir com a legalização da maconha. Além do benefício, ele destaca a importância da planta para outros fins.
Um cartaz que faz parte da ação aborda as importâncias da erva como matéria-prima. Papéis, tecidos, plásticos, cosméticos, construções, ração animal, forragem animal, suplementos nutricionistas, óleos essenciais, remédios e comida podem ser oriundos da planta.
Quando comparada a Operação Lei Seca para bebida alcoólica, Roani especificou que a maconha legalizada também deveria ter um controle e a população deveria ter maiores conhecimentos sobre a planta. Ainda segundo ele, existem três tipos diferentes e que causam efeitos distintos. Estes pontos devem fazer parte da conscientização da liberação.
Ele ainda observou que um grande número de idosos apoiam o movimento, contrariando o que muitos acham.
A manifestação, que acontece agora no Brasil, em alguns países não existe. O ativista exemplificou a Califórnia como um país em que os médicos prescrevem remédios à base da maconha.
Enquanto não se tem uma resposta, eles vão continuar tentando, garante Roani, que no ano passado participou de sete marchas pelo Brasil.
No Rio de Janeiro, a próxima marcha é no dia 05 de maio com concentração às 14h e previsão para começar às 16h20. Na semana seguinte, no dia 12 de maio, em Niterói, haverá outra marcha. A previsão é que duas mil pessoas estejam presentes na cidade, já no Rio, eles calculam cerca de 10 mil pessoas.
fonte:SRZD
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