Bruno trabalha como faxineiro e participa de cultos na prisão
Rio - O procedimento de reconhecimento do filho do ex-goleiro do Flamengo Bruno das Dores Fernandes de Souza com Eliza Samudio que aconteceria nesta terça-feira foi adiado. De acordo com o advogado do ex-atleta, Francisco Simin, é necessário que seja enviada pela advogada da mãe de Eliza, Maria Lúcia Gomes, a certidão do Bruninho, que não chegou a tempo para o registro em cartório nesta tarde.
“Ele tem mudado muito e frequentado cultos evangélicos e isso tem mexido muito com a parte sentimental dele. Ele decidiu incorporar o Bruninho à família e estamos tratando de assuntos pertinentes para ele ter tranquilidade. Nossa preocupação é no sentido de que ele saia (da cadeia) e cuide da vida dele sem nenhum questionamento”, afirmou Simin.
Bruno, além de trabalhar como faxineiro na prisão, tem frequentado cultos evangélicos | Foto: Arquivo
O ex-jogador pretende reconhecer juridicamente Bruninho. O registro vai assegurar direitos à criança, que possui pouco mais de dois anos. A mãe, Eliza, desapareceu e Bruno é acusado de assassiná-la, ocultar seu corpo e sequestrar o bebê. Ele aguarda julgamento na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG).
De acordo com a defesa de Bruno, o reconhecimento prevê direitos financeiros assegurados aos filhos do ex-atleta com base em rendimentos futuros. Advogados dele esperaram conseguir libertá-lo da prisão, apesar de vários pedidos de habeas corpus já terem sido negados. O recurso será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em data não definida.
“Vamos ao cartório fazer uma escritura de compromisso dele com os três filhos. Ele vai ceder 10% dos rendimentos dele para os filhos, quando assinar contrato com um clube. Ele tem um salário na cadeia, mas seu rendimento lá é pequeno. Evidentemente ele fará um contrato e terá rendimentos futuramente. No Flamengo, ele ganhava R$ 150 mil e menos que isso não vai ser. Possivelmente um novo contrato será neste patamar”, informou o advogado.
Sobre o sítio do ex-goleiro, local onde Eliza e Bruninho foram mantidos em cativeiro no ano de 2010, o advogado informou que a Justiça do Rio de Janeiro indisponibilizou o imóvel até que questões referentes ao pagamento de pensão alimentícia para Bruninho sejam resolvidas judicialmente.
Em 2010, Eliza acionou a Justiça do Rio para que Bruno reconhecesse seu filho. Ela também denunciou Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do ex-atleta, por agressão. A Justiça do Rio os condenou em primeira instância, sendo pena de três anos para Macarrão e quatro anos e seis meses para Bruno. O ex-goleiro do Flamengo se relacionou com Eliza, mas os dois brigavam porque ele se negava a reconhecer o bebê, que hoje vive com a avó.
O sítio de Bruno, em Esmeraldas (Grande Belo Horizonte), foi colocado à venda no ano passado, por valor aproximado de R$ 500 mil. O dinheiro seria dividido entre ele e a ex-mulher Dayanne Rodrigues. Bruno e Dayanne se separaram oficialmente no final do ano passado. Atualmente ele se relaciona com a dentista carioca Ingrid Calheiros, com quem pretende se casar.
Com informações do IG
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