sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Troque a língua pelos ouvidos

Olhar Cristão


“A língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero.” (Tiago cap. 3:8 NVI)
Falar é um dom que a maioria de nós não sabe controlar. Opinamos sobre assuntos que não dominamos e sequer nos preocupamos em ouvir o outro para entender o que realmente está acontecendo. Se eu falasse menos, não magoaria tanto.
Falar sem pensar está intimamente ligado ao pré-julgamento alheio. Geralmente, lançamos a sentença sobre a pessoa sem ouvir todas as partes envolvidas e, na maioria das vezes, percebemos que se tivéssemos ouvido melhor, não teríamos proferidos as palavras erradas. Magoamos de graça e destruímos a possibilidade de semear paz, apenas por PRÉ CONCEITO.
Temos dois ouvidos e ouvimos tão pouco...não nos colocamos no lugar de quem está passando por um momento difícil, sequer estendemos a mão ou nos dispomos a servir de ombro amigo, apenas para escutar as dores de quem está próximo e guardar consigo, sem levar adiante.

Mania feia de subestimar os problemas de quem nos cerca e supervalorizar os nossos. Todos temos dores de igual intensidade, seja no corpo...seja na alma. Posso sofrer com alguma doença, minha melhor amiga com a falta de dinheiro. Meu vizinho pode ter problemas com o casamento, minha tia com uma filha especial. Diferentes dificuldades, mas todas com o mesmo grau de importância. Então qual o motivo de observar apenas meu umbigo?
Para mim, mais importante que resolver o problema é ouvir o desabafo de quem está passando por um vale, seja ele qual for. Dar as mãos e ajudar o outro a olhar para o alto, de onde certamente virá o socorro. Deus não está alheio ao nosso sofrimento, ao contrário, todos precisam estar dispostos a passar por dificuldades, sejam os bons ou os maus. O sol nasce e se põe sobre todos, diariamente e de igual modo, assim como citado no livro de Eclesiastes.
Se gastássemos menos energia em julgar e mais em ouvir e nos dedicássemos à dor do outro, quem sabe o resultado sobre as nossas próprias dores não fosse diferente? Cristianismo sem amor, sem os frutos da caridade, é morto.
Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum! (Tiago cap. 1:26)
Dayane Laet 

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