domingo, 4 de novembro de 2012


A imagem de policiais fora de forma ou sem preparo físico para subir morros durante incursões vai ficar no passado. A Polícia Militar do Rio começou programa de condicionamento físico para seus agentes. É um trabalho inédito na corporação, já que até então a prática de exercícios físicos regulares ficava por conta de cada policial. A meta é que, até o fim de 2013, todos os 45 mil militares na ativa tenham passado por rigoroso diagnóstico e sejam encaminhados para atividades adequadas às suas condições de saúde.
Dados da Diretoria Geral de Saúde da PM mostram que os principais males que afetam a saúde dos policiais e geram afastamento são ortopédicos e cardiovasculares, gerados sobretudo pelo excesso de peso, sedentarismo e tabagismo. Só no segundo trimestre deste ano, 4.001 policiais apresentaram problemas ortopédicos e 1.458 tiveram doenças do aparelho circulatório.
O Serviço de Atenção à Saúde da PM foi apresentado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública. O programa prevê avaliações médicas, físicas, clínicas, odontológicas, nutricionais e psicológicas de cada policial, que terá diagnóstico completo sobre seu estado de saúde e como pode melhorar seu condicionamento físico. Um grupo de 700 militares está sendo avaliado para servir de amostragem para o aperfeiçoamento do programa.
“Queremos prevenir doenças e melhorar o condicionamento físico dos policiais. Com diagnósticos precoces, poderemos atuar rápido. A questão não é ter um policial esbelto, mas saudável e que possa desempenhar ainda melhor seu trabalho”, analisou o diretor-geral de Saúde da PM, coronel Alberto Borges.
Um instrutor por batalhão
Outra novidade do programa é que cada batalhão terá à disposição da tropa um PM formado em Educação Física que atuará como instrutor físico. A partir dos testes e exames de cada agente, o treinador vai montar o programa de atividades para os policiais praticarem dentro das unidades e em locais públicos, como praças e praias.
O objetivo é incentivar o treinamento, para recondicionar a parte física e prevenir problemas de saúde. A cada três meses, os policiais passarão por novas avaliações para acompanhar a evolução de seu quadro de saúde.
Preparador tem policiais como alunos
Pós-graduado em Fisiologia do Exercício e Ciência do Treinamento Desportivo, o preparador físico Fernando Béja tem diversos policiais como alunos. Ele aprova a iniciativa do programa de prevenção e acredita que pode trazer benefícios até para a imagem da corporação.
“Vai melhorar a saúde, a qualidade do trabalho do policial e a relação com a população. A polícia vai ser bem vista, como uma corporação que se preocupa com seus agentes. Para ser um bom policial, tem que ser completo. Precisa ter velocidade, força, equilíbrio e resistência para encarar as operações”, avalia o professor, ressaltando os benefícios da atividade física diária.
Fonte:Jornal O Dia

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