terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pneus velhos viram asfalto ecológico -
O projeto foi idealizado pela Vigilância Ambiental,

Os pneus que antes eram jogados na natureza ou queimados exalando fumaça tóxica, agora são aproveitados para fabricar o chamado asfalto-borracha e argamassa para a construção civil. O projeto, 
idealizado pela Vigilância Ambiental, através da secretaria de saúde de Marataízes, é pioneiro no sul do Estado, onde além de Marataízes, apenas Vila Velha, recicla pneus. 


Além de trazer mais economia, resolve um grave problema ambiental. A proposta, ecologicamente correta, conta com a parceria dos borracheiros locais e a empresa Reciclenip, de Goianésia, em Goiás, que transforma os pneus em massa asfáltica.

Em média, são levados do balneário a cada quatro meses 30 toneladas de pneus que seriam descartados, gerando um problema não só ambiental, mas de saúde, pois em seu interior é acumulada água que pode servir de criadouro para larvas do mosquito da dengue.

O coordenador do projeto, Marcelo Machado, informou que no ano passado, cerca de 120 toneladas de pneus foram tiradas de circulação. Ele acredita que essa atitude ajudou a manter em patamares baixos os casos de dengue no balneário.

Outro funcionário da Vigilância, Wilson Rezende, é um entusiasta da idéia de criação de uma ONG para que os pneus sejam reciclados em Marataízes mesmo. "Vamos amadurecer a idéia e buscar recursos com da Petrobras e outros órgãos para viabilizarmos esse projeto. Estaremos ainda gerando emprego e renda no município", argumenta .

Asfalto-borracha
O Brasil descarta anualmente mais de 30 milhões de pneus velhos em lixões, depósitos, quintais de casas e outros lugares improvisados, como beiras de rios e matas. A tecnologia existe nos Estados Unidos, na Europa e na África do Sul desde 1960, mas chegou ao Brasil em 2001. O chamado asfalto-borracha utiliza em sua composição a borracha de pneus sem condições de rodagem.

O grande problema dos pneus é que a sua principal matéria-prima, a borracha vulcanizada, não se degrada facilmente no meio ambiente: são necessários de 300 a 400 anos para que se decomponha. Se queimado a céu aberto, o pneu é altamente poluente, pois libera dióxido de carbono e enxofre. Pneus ao relento também são prejudiciais para a saúde pública, uma vez que acumulam água e, conseqüentemente, tornam-se lugar perfeito para a proliferação do mosquito da dengue.

Para composição do asfalto-borracha, os técnicos usam o pneu triturado bem fino. O pó de borracha é, então, misturado ao asfalto e, depois, são acrescentadas britas. Está pronto o asfalto ecológico, como o material ficou conhecido.

Há 900 milhões de pneus inservíveis no país, que representam um enorme passivo ambiental. Além disso, a nova mistura melhora a qualidade do produto, pois, com o asfalto-borracha, o revestimento se torna mais elástico e resistente, reduz o ruído do tráfego e também apresenta maior resistência ao envelhecimento.
fonte: EspíritoSanto de Fato

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