Absorvente interno: mitos e verdades sobre o uso em jovens e adultos
Fotos: Leonardo Berenger
Utilização é mais propícia em épocas de verão devido discrição
O período menstrual ainda é motivo de dúvidas para jovens, principalmente aquelas que estão iniciando a vida sexual. Entre os receios estão o uso do absorvente interno, que por não compreenderem o seu uso e benefícios, acabam por caírem na preferência dos comuns. Vale então conhecer os mitos e verdades.
Segundo o ginecologista, Dr. Fernando Azevedo, esse tipo de absorvente não oferece riscos à mulher e não há contra indicação para jovens que ainda não iniciaram a vida sexual. Entretanto, o especialista explica que nos primeiros ciclos menstruais o recomendado é que se evite o uso, a fim de se evitar possíveis transtornos por falta de experiência e dificuldades na utilização.
“O absorvente interno costuma ser utilizado por mulheres que já tem vida sexual ativa, mas não há nenhum impedimento médico para aquelas que ainda não tiveram. Ao optar por ele é necessário que elas estejam bem instruídas. A escolha do tamanho, por exemplo, depende do fluxo sanguíneo de cada mulher. Existem mulheres que menstruam pouco e àquelas que menstruam muito, e por isso, estas já precisam de um absorvente maior. Há quem possui fluxo intenso e costuma usar os dois, o comum e o interno, não tem problema algum.” Explicou o Dr.
O uso contínuo também precisa obedecer alguns critérios como o tempo de troca, que em média é de no máximo oito horas. Em casos de fluxo intenso, o recomendado é que se realize a troca em um prazo de seis horas. Para as mulheres que ficam com medo de dormir com o absorvente interno, o Dr. Fernando disse que não existem riscos, desde que esse tempo de troca seja adotado.
A estudante de jornalismo, Jaciara Gomes, de 22 anos, disse já estar mais acostumada com o uso do absorvente comum, mas às vezes opta pelo interno por algumas vantagens que ele oferece.
“Encontro vantagens quando vou à praia ou piscina, porque com biquíni acho complicado disfarçar o absorvente comum. Também prefiro quando uso roupa branca, me sinto segura para não correr o risco de vazar. Como disse, são em alguns casos, nunca pensei em usar direto.”
A resposta da estudante vai de encontro com a explicação do ginecologista. Com a chegada do calor, o uso do absorvente interno é mais requisitado por facilitar a vida da mulher. “Nessa época é muito comum as mulheres utilizarem roupas apertadas, como short, biquíni, maiô e o absorvente comum marca muito. Normalmente, o que vemos é uma alternância, raramente se vê o uso contínuo. Elas usam o absorvente interno para determinadas situação, como a prática de esportes, viagens e praias.”
Outra recomendação está na higiene íntima que deve ser mantida a fim de se evitar possíveis doenças ginecológicas. “O absorvente interno fica na vagina e se a mulher não se cuida, não faz sua higiene íntima com sabonete neutro e não vai ao ginecologista, acaba abrindo a porta para bactérias. Nesse caso, é desaconselhável, o uso do absorvente interno.” Relatou Dr. Fernando.
O verão é um período favorável ao aparecimento de doenças ginecológicas, por causa das altas temperaturas e os tipos de roupas que se usam. Por isso, o uso de trajes muito apertados deve ser evitado, utilizando os mais soltos, largos e arejados.
“As doenças mais comuns nesse período são as Vulvaginites, principalmente as micóticas, causadas por um fungo chamado Cândida. Elas causam um corrimento esbranquiçado, acompanhado de muito ador e coceira. O aconselhável é procurar um ginecologista e para minimizar aumentar a frequência da higiene íntima e fazê-la com água e sabonete neutro, usar calcinhas de algodão, não ficar com a roupa de banho permanentemente durante o dia todo e outra medida importante que ajuda muito é quando for dormir, usar somente o pijama sem calcinha, pois a ela abafa e modifica o PH da vagina, favorecendo o aparecimento de micro-organismos.” Concluiu.
fonte:Ururau.com
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