A solidão do jugo desigual
Dayane LaetOlhar Cristão
“ [...]Que há de comum entre o crente e o descrente? Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como Ele disse: "Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo". Portanto, saiam do meio deles e separem-se", diz o Senhor. "Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei e lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-poderoso" (2 Coríntios 6:15-18)
Sei que muita gente acredita que os opostos se atraem e respeito opiniões que divergem da minha. Também acredito que a separação de maus hábitos por amor a Cristo nos lapida a alma e nos acompanha no processo de busca pela santificação segundo os padrões divinos...No momento não vou entrar no mérito de santidade, mas das diferenças dos “opostos”.
Quando nos apaixonamos, o processo químico é tão forte que os defeitos do outro passam despercebidos e, se notados, tornam-se diferenciais ou particularidades que tornam a pessoa ainda mais interessante. Cegos, ignoramos os riscos e vamos em frente, como se não tivéssemos discernimento algum. O sinal de alerta, no entanto, permanece aceso em nossa consciência.
Os dias passam, e aquilo que você mais gosta de fazer não é valorizado pelo seu parceiro. Não por maldade, mas apenas por ele curtir outras coisas, ter rotina diferente da sua. No fim de semana, você vai à igreja e ele prefere um bar. Ou, quem sabe, você em um show de rock e ele lendo um livro em casa? Com as diferenças e o tempo chega a solidão. Sozinho (a), mesmo estando comprometido (a). Aceito diferença temperamental, mas de valores...não.
Não há química corporal capaz de superar a falta de sintonia quando se trata de ideais, sonhos, projetos futuros e, principalmente, de como Cristo é visto ou conhecido pelo futuro casal. E acredite, não adianta insistir. Não digo isso esperando uma cópia masculina de mim mesma, mas alguém com o desejo de servir a Deus na mesma intensidade. O fato de termos o mesmo “alvo” lapidará a amizade, a cumplicidade e o afeto que surge durante o namoro e se prolonga por toda uma vida a dois.
Se a Bíblia nos aconselha a não nos envolvermos com pessoas que não praticam a mesma fé, na realidade Paulo, inspirando por Deus, está nos alertando do risco de viver um relacionamento solitário.
Como cristãos, temos muitas práticas ligadas ao cotidiano que divergem dos que não o são, hábitos ligados à fé e citados nas escrituras sagradas como importantes. Aquilo que temos de mais precioso pode não ter valor algum para outras pessoas, então como conviver com alguém que não valoriza o que julgamos ser o mais importante em nossas vidas? Simplesmente não dá.
Isso vale também para os que estão nas igrejas e ainda não renasceram. O julgo desigual não trata de placa de igrejas, doutrinas humanas ou posição social, mas unicamente da condição espiritual dos que se envolvem. E essa decisão é respeitada no momento do “SIM”, sem direito a troca ou devolução, pois ao contrário do que a atual sociedade prega, não se trata de um objeto firmado em contrato, mas de uma pessoa que foi escolhida para dividir a vida com outra.
"Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm de Deus, pois lhe parecem loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente." (1 Coríntios 2:14)
fonte:mais.al
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