sábado, 26 de janeiro de 2013

Quase duas toneladas de remédios vencidos em farmácia de Porciuncúla
Ministério Público e Polícia Civil foram acionados pela Prefeitura
 Joel Reis / Jornal O Giro















Ministério Público e Polícia Civil foram acionados pela Prefeitura


Cercas de duas toneladas de medicamentos vencidos foram encontradas na farmácia popular de Porciúncula, município que fica no Noroeste Fluminense. Na manhã desta sexta-feira (25/01) agentes do Grupo de Apoio a Promotoria do Ministério Público (GAP) estiveram no local para avaliar a situação.
Segundo a atual prefeita Miriam Magda, as caixas e fracos dos remédios estavam armazenados de forma irregular em cômodos da farmácia e até em uma garagem que fica do outro lado da rua.
“A situação mais crítica é a dos remédios na garagem, muitas caixas estão abertas e os fracos espalhados pelo chão, em contato direto com poeira, insetos e até ratos. Nós ficamos assustados diante do quadro em que encontramos a saúde no município”, disse.
A chefe do Executivo informou ainda que existem remédios que venceram no ano de 2009. “Só de Amoxilina mais de 36 mil comprimidos serão descartados, de Sulfato Ferroso mais de 47 mil e o Paracetamol 14 mil fracos estão estragados. Nós contratamos três farmacêuticos para fazerem o balanço de todos os medicamentos que estão vencidos e chega a quase duas toneladas”, comentou.

A prefeita informou que a pasta esta com uma dívida calculada em cerca de 300 a 400 mil reais. E que eles estão com dificuldades para comprar medicamentos novos, por falta de verba.
De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Porciúncula tem cerca de 20 mil habitantes e alguns estão tendo dificuldades para conseguir medicamentos.
Miriam disse ainda que a unidade de Pronto Atendimento (PU) esta em condições precárias, mesmo sendo uma obra recém-entregue. “O piso não foi impermeabilizado, a rede hidráulica esta a mostra, os armários e colchões usados para guardar os equipamentos ou os funcionários descansarem não são os ideais, sem falar que alguns equipamentos do ambulatório e dos quartos estão enferrujados. Queríamos colocar mais médicos atendendo, mas o prédio não tem estrutura. O único hospital que tem na cidade é filantrópico, quase não tem médico para atender a população. A cidade esta um caos na saúde”, informou.

Tudo que foi levantado pela atual administração foi denunciado no Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil do município.
“Nós encaminhamos a denúncia para eles para saber o que vai ser feito. Espero que essa situação se resolva, mas infelizmente hoje não temos como comprar nada. Estamos tentando pagar dividas em farmácias da cidade para pode comprar os medicamentos lá”, finalizou.
RESPOSTA GOVERNO ANTERIOR

O ex-secretário de saúde de porciúncula, José das Graças Monteiro, informou que parte dos remédios já estavam vencidos quando ele assumiu a Secretaria de Saúde, em 2009. Ele disse ainda que a última licitação de compras de medicamentos foi feita em 2010 e que não tem conhecimento da distribuição de remédios fora da validade para a população.

Sobre a dívida da Secretaria, ele afirma que não há nenhum débito, e com relação à estrutura do hospital e das condições das ambulâncias. O secretário disse que a prefeitura repassava 20 mil reais todo mês para o hospital da cidade fazer a manutenção dos carros, comprar remédios e manter a integridade do local.

fonte:Ururau.com

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