Presidente Kennedy: comunidade vive na fossa
08/08/2010Luciana Máximo
Na  tentativa de encontrar uma solução mais rápida dona Maria acionou a TV  que esteve no local e mostrou o caos. Entretanto, como advertiu dona  Maria, paliativos não resolvem a situação. Pelo contrário, geram outros  problemas, agora ambiental, inclusive.
O  córrego que atravessa os fundos do quintal da casa dela, era usado para  banho das crianças e adultos no verão. A água era utilizada para lavar  roupas e louças, e até para consumo próprio. Agora, depois que a  prefeitura enviou uma retroescavadeira e abriu a fossa, o esgoto está  sendo despejado no córrego que era limpo.
Quando  chove, a casa de dona Maria é a primeira a ser prejudicada. O quintal  fica alagado de resíduos e o mau cheiro invade. Cobras, ratos, e  mosquitos proliferam.
“Já  tem uns 15 dias que vieram esgotar a fossa, só fizeram uma abertura  para despejar no córrego. Além do mau cheiro, cobra e ratos invadem aqui  e muitos mosquitos. Eles podiam dar um jeito nisso. Não suportamos mais  conviver com essa situação. Antes o córrego era limpo. Tomávamos banho,  lavávamos roupas e louças, quem não tinha poço artesiano, usava a água  até para beber. Agora temos de comprar água, aqui a que é fornecida não  tem como ingerir, em época de chuva a fossa transborda e o quintal fica  alagado”, denunciou dona Maria.
Acesso difícil a duas ruas em Kennedy
Um imenso buraco no final da rua Manuel Lúcio Gomes, em Presidente Kennedy  e a passagem que dá acesso a rua debaixo a  Mariano  Carlos, ou rua Projetada como também é chamada vem deixando os  moradores bem irritados, uma vez que, o engenheiro da Prefeitura já  conhece o problema, já foi chamado várias vezes e a construção da escada  se esbarra na burocracia. 
“Ele  deu um prazo de 15 dias para começar obra, mas parece que a licitação  ainda não ocorreu para que isso aconteça. Enquanto isso, vamos  escorregar no barranco”, disse uma moradora que não quer ter o nome  publicado com medo de perder o emprego.  
Uma  das moradoras da rua que também pediu para não ser identificada por  trabalhar na Prefeitura, disse que já caiu no barranco, escorregando  vala abaixo, e por pouco não se machucou seriamente. Em sua casa reside  uma senhora de 72 anos, doente, que não anda, quando precisa ser levada  ao médico, só consegue sair na maca, com ajuda de vizinhos.  
Sofrem  os moradores da rua Manuel Lúcio Gomes, que precisam da passagem para  descer a rua. Sofrem os moradores da rua Mariano Carlos, que precisam  subir. À noite é quase impossível descer ou subir. E quando chove, nem  com toda fé os evangélicos conseguem adentrar ao templo da Igreja  Batista Nova Aliança. O barro fica na porta da igreja, formado uma  camada que só a pá mecânica consegue retirar.
A  dona de casa Marta Benevides Mota, 62, informou que se chover, nem aos  cultos ela consegue ir. “O barro desce todo e se aloja na porta da  igreja. O calçamento da rua desaparece. Moro aqui há 12 anos e sempre  convivemos com isso. Precisamos de uma escada o mais rápido possível.  Hoje está impossível de passar por aqui”, frisou.
O  transtorno é visível nos olhos dos moradores que solicitam uma escada  no local. O problema existe há anos, como assegurou outra moradora, que  já está se acostumando com a vala aberta que deixa o cano de esgoto  exposto com vazamento na porta da casa dela.
Residem  nas ruas diversos funcionários públicos que ficaram intimidados em  falar do problema. Um deles ressaltou: “A secretaria competente já  conhece o problema e já veio aqui várias vezes. Se o prefeito visse isso  já tinha mandado resolver. Se ele visse uma senhora doente que não  caminha, já teria ordenado fazer esta escada. Aposto que ele não sabe  disso”, defendeu o prefeito, o guarda municipal.
fonte:ATENAS_Notícias
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