sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Giro pelos Municípios:
     'Fim da linha':Sete policiais são indiciados por homicídios



Carlos Grevi/Leonardo Berenger
'Eles julgam, condenam e matam’, afirma o promotor do MPE
'Eles julgam, condenam e matam’, afirma o promotor do MPE
Uma investigação do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual levou a Justiça a indiciar sete policiais militares e um cidadão civil de Campos, em dois casos diferentes.
O primeiro caso, segundo os promotores Bruno Gaspar de Oliveira e Rômulo Santos Silva, foi um triplo homicídio, em setembro de 2010, cujas vítimas foram Sandro Rogério Gomes, o Gerinho, Carlos Augusto da Rocha, o Guti e Michael Barcelos Pereira Cabral, 26 anos. Neste triplo homicídio qualificado foram indiciados cinco cabos da PM, Omar Pereira Bacellar Júnior (na foto de camisa listrada de preto e branco), Leonardo D’Oliveira Mayerhoffer (na foto de camisa listrada de azul e branco), Douglas Vasconcelos Mendonça, Luís Felipe Gomes de Moura (preso no Rio de janeiro) e Anderson Gutemberg Lapa da Fonseca. Neste processo, também foi indiciado, por participação no crime o cunhado do Cabo Bacellar, Ivaldo Ferreira dos Santos Júnior, o Gordinho.   
Segundo as investigações, o alvo do crime era “Gerinho”, já que havia suspeitas, por parte de um dos policiais de que este fosse integrante do tráfico de drogas. ‘O que chama a atenção nesses casos é o desvalor a vida, eles julgam, condenam e matam’, disse o promotor Bruno Gaspar.   Os promotores também destacaram a participação dos integrantes para a realização do crime ‘É importante frisar que cada integrante teve participação decisiva na prática do crime, já que talvez a ausência de um deles fizesse com o “sucesso” do caso não fosse tão grandioso’, destacou Dr. Rômulo Santos.
As investigações de outro crime também levaram a outros policiais militares, o soldado Josimar de Souza e o Cabo João Marcelo Manhães foram indiciados pelo assassinato do jovem Glaidson da Silva Rodrigues, 17 anos, morto em 18 de janeiro de 2011, após sair, junto com colegas da Junta Militar, onde foi fazer alistamento.

Neste caso, segundo os promotores, os policiais pensaram que o jovem tivesse ligação com o tráfico e atiraram, matando o menor e ainda forjando uma reação, que ele na verdade não teve. Na época, foi dito pelos policiais que o jovem estava armado, o que as investigações apontaram não ser verdade. Também foi descartada qualquer ligação de Glaidson com o tráfico. A Junta Militar inclusive forneceu ao Ministério Público a cópia do documento que prova que o jovem fez o alistamento naquele dia.

Os promotores fizeram questão de ressaltar que esta não foi uma operação contra a Polícia Militar, mas sim contra ‘bandidos que se utilizam da farda para cometer delitos’. A operação para prender os militares teve o apoio do 8º BPM e da 6ª DPJM – Delegacia Policial Judicial Militar.

Todos os envolvidos em ambos os casos tiveram prisão preventiva decretada e quase todos foram presos no início da manhã desta sexta-feira (02/12).

Na investigação foram utilizadas escutas telefônicas dos suspeitos, o que ajudou a elucidação dos casos, muitas testemunhas também foram ouvidas e a Justiça também autorizou a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos.

Todos os policias militares presos serão conduzidos ao Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, no Rio de Janeiro e o civil preso será conduzido a Cadeia Pública, em Campos.    

RELEMBRE OS CASOSTRIPLO HOMICÍDIO NO PARQUE LEOPOLDINA
JOVEM MORTO AO SAIR DO ALISTAMENTO MILITAR 

fonte:Ururau.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário