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Caso da idosa suspeita de ter sido velada viva continua sem solução

Fotos: Carlos Grevi

Secretário de Saúde diz que contestamento da família não é cabível

Após o sepultamento da idosa Cremilda Dias Lopes, 79 anos, na tarde deste domingo (21/10) no município de São Francisco do Itabapoana, os parentes da aposentada ainda buscam uma solução para o caso. Segundo os familiares, a idosa teria sido velada, durante toda a manhã deste sábado (20/10), ainda com vida. A família também alega que Cremilda faleceu bem depois do que alegou o Hospital Municipal Manoel Carola e o atestado de óbito. Segundo a administração da unidade hospitalar, a paciente veio a óbito por volta das 5h do sábado.

O lavrador e sobrinho da idosa, Valdineis Azevedo dos Santos, 32 anos, disse que por enquanto, tanto o hospital quanto a Secretaria de Saúde, alegam que sua tia teria falecido horas antes do velório.

“Ainda não temos nenhuma informação, pois estamos aguardando o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML), que deve sair daqui a 20 dias. Estamos na expectativa, pois sabemos que ela não morreu na hora mencionada pelo hospital, e sim, bem depois”, mencionou o lavrador.

Valdineis ainda comentou que, no velório, logo após a família constatar que Cremilda poderia estar viva, uma ambulância foi acionada para levar a idosa novamente ao Hospital Manoel Carola. “Durante o trajeto, foi verificado os batimentos cardíacos e a pulsação da minha tia, e ela realmente tinha sinais vitais”. Contou o sobrinho.

De acordo com a diretora administrativa do Hospital Manoel Carola, Auda Regina Soares Guede, Cremilda estava internada há um mês com pneumonia e muito debilitada. “A médica que atendeu a paciente, antes de atestar o óbito, fez vários exames para verificar, se havia ou não, sinais vitais antes de assinar a causa da morte da paciente, por parada cardiorespiratória”. Afirmou a diretora.

Na delegacia da 147ª Delegacia Legal (SFI), onde a família registrou um boletim de ocorrência, o caso só terá andamento após o resultado do laudo no IML, em Campos.

SECRETÁRIO DIZ QUE CONTESTAMENTO DA FAMÍLIA NÃO É CABÍVELO secretário Municipal de Saúde de São Francisco do Itabapoana, Celino Pessanha Gonçalves Filho, esteve em Campos, na noite desta segunda-feira (22/10) e conversou com a equipe do site Ururau. Segundo ele, o que está sendo contestado pela família não tem cabimento. Ele veio acompanhado do diretor do Hospital Manoel Carola, Patrick Correia e do secretário Municipal de Comunicação, Robson Cândido.

"Como que uma pessoa vai ficar de 5h da manhã até às 16h ou 17h, quando a família começou a questionar a questão do óbito dela. O atestado foi feito por uma médica, mas, tem toda uma equipe que trabalha em conjunto de enfermeiros e técnicos de enfermagem que realizam o preparo do corpo. Então não é uma única pessoa que vê se o paciente está morto ou não. Qualquer movimento ou sinal de vida que tivesse sido visto por alguma pessoa da equipe médica que estivesse de plantão no hospital, teria sido questionado com a médica, e a mesma iria averiguar o quadro da paciente", Afirmou o secretário.

Ainda de acordo com Celino, Cremilda era uma paciente idosa, que já tinha sequelas provocadas por um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Ela foi para o hospital com quadro infeccioso e pneumonia. Durante a internação foi feito todo o procedimento possível para salvar a vida da paciente, que morreu de falência múltipla dos órgãos em decorrência da pneumonia". Apontou o secretário concluindo:

"Não temos nenhuma preocupação quanto ao questionamento da família. Temos confiança total na nossa equipe médica hospitalar, e isso será comprovado quando sair o laudo cadavérico, no Instituto Médico Legal (IML)". 

A equipe de reportagem tentou falar com a direção do IML, mas, o responsável não foi localizado.

fonte:Ururau.com