Dos terrenos férteis de Laranja da Terra sai a produção de quiabo, laranja, tomate, banana, milho, feijão, arroz… O município, emancipado de Afonso Cláudio em 1988, também se destaca na produção de doces feitos com a laranja.

Os primeiros colonos chegaram há mais de 100 anos em busca de terras mais quentes e férteis e encontraram na região o ambiente próprio.

O quiabo de Laranja da Terra representa mais de 50% da produção do Estado. De apenas uma propriedade saem cerca de 160 caixas por semana. “Colhemos cerca de sete meses. Temos duas moitas e garantimos quiabo o ano todo”, explicou o produtor de quiabo Helmut Schultz.

“Aqui em Laranja da Terra temos agricultura diversificada. É a salvação do nosso município. Somos o maior produtor de quiabo, mas também temos banana, milho, tomate, feijão, arroz…”, acrescentou o prefeito do município, Joadir Lourenço Marques.

Laranja da Terra também é o terceiro maior produtor de tomates do Espírito Santo. A colheita de mais de 12 mil toneladas por ano movimentam mais de R$ 2 milhões. Cada pé de tomate produz de 50 a 60 frutos e a média é que o ciclo da produção seja de 140 dias. Mas foi em busca de mais produtividade que novas espécies apareceram.

A produção anual de tomate no Espírito Santo é de aproximadamente 128 mil toneladas. Verdes ou no ponto da colheita, os tomates movimentam a economia de Laranja da Terra e abastecem estados do Nordeste do País, além do Rio de Janeiro e São Paulo.

Há cerca de dez anos, a nota fiscal do agricultor foi implantada para incentivar a comercialização de produtos agrícolas. O trabalho desenvolvido no município já trouxe mudanças significativas para a economia local e serve de modelo para todo o Espírito Santo. “O produtor rural tinha receio em ter o bloco de produtor. Ele achava que teria que pagar muitos impostos, mas isso acontecia em outra época. Com as vantagens de hoje, o produtor rural se formaliza diante da sociedade”, explicou o coordenador do NAC, Obrien Seibel.

fonte:Folha Vitória