Para Temer,União já cedeu demais
Eduardo Fachetti
efachetti@redegazeta.com.brA divisão dos royalties do petróleo, que motivou um protesto simultâneo no Espírito Santo e no Rio de Janeiro na última quinta-feira, foi a tônica de grande parte do encontro regional do PMDB, ontem.
efachetti@redegazeta.com.brA divisão dos royalties do petróleo, que motivou um protesto simultâneo no Espírito Santo e no Rio de Janeiro na última quinta-feira, foi a tônica de grande parte do encontro regional do PMDB, ontem.
No entanto, a posição do vice-presidente Michel Temer sobre o assunto não foi animadora. Sem esclarecer se é a favor do veto presidencial ao texto já aprovado no Senado e que ainda passará pela Câmara, o peemedebista disse que resta aguardar por uma "composição saudável" no Congresso.
"A união já fez a parte dela, já abriu mão de uma grande parcela dos royalties. Agora é preciso encontrar um meio-termo", frisou Temer, em uma rápida entrevista coletiva.
Antes do encontro do partido, no Clube Álvares Cabral, em Vitória, o vice-presidente almoçou com o governador Renato Casagrande (PSB) e com congressistas do PMDB.
"Casagrande me contava dos desafios do Espírito Santo, com a possível perda de royalties e ICMS, além da reforma e ampliação do aeroporto. Recebi um relatório e vou levá-lo à Câmara, para conciliar um acordo que não prejudique o Estado", afirmou Temer.
Segundo o presidente estadual do PMDB, o deputado Lelo Coimbra, o vice-presidente mostrou-se solidário durante o almoço na residência oficial da Praia da Costa. "Se os royalties e o sistema Fundap caírem, vamos disputar em 2012 para governar o quê? O Estado vai acabar e muitas prefeituras não terão dinheiro nem para pagar servidores", disse.
O senador Ricardo Ferraço (PMDB), por sua vez, mostrou-se mais duro em relação ao tom usado por Temer para tratar do assunto, tanto durante o almoço com as lideranças quanto no encontro partidário, à tarde.
"Quem governa o país não é o vice-presidente. Como diz um velho ditado, quem está na garupa não segura rédeas. O vice-presidente não avançou na questão", disse.
Sobre a falta de sinalização da presidente Dilma Rousseff (PT) em relação ao tema, Ferraço criticou: "Se perdermos essas receitas, vamos entregar as chaves do Espírito Santo e mandar o Palácio do Planalto governar o Estado"
Nada mais
"Dilma já abriu mão de uma grande parcela do que seria da União. Agora é preciso equacionar esses cálculos para ninguém se prejudicar"Michel Temer (PMDB), vice-presidente
Intervenção
"A possibilidade de perda de receitas significa uma intervenção federal no Espírito Santo. Os municípios vão perder capacidade de investir"
Ricardo Ferraço (PMDB), senador
Quebra
"Se os royalties e o Fundap caírem, vamos disputar para governar o quê? Há prefeituras que não terão dinheiro nem para pagar servidores"
Lelo Coimbra (PMDB), deputado federal
Fonte:Blog Kennedense com informações- Gazeta On Line
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