Cuidados simples podem evitar acidentes domésticos com crianças
Fotos: Carlos Grevi
Responsáveis devem guardar objetos perigosos em locais seguros
Acidentes domésticos são muito comuns no dia-dia e as principais vítimas são as crianças. Mesmo tomando todos os cuidados necessários, o perigo pode estar onde menos se espera. Por isso é fundamental e de extrema importância, que os pais fiquem atentos e previnam de todas as maneiras possíveis esses tipos de incidências.
Segundo a pediatra da 4ª Policlínica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), capitã Ana Arêas, a maior ocorrência de casos se deve a intoxicação alimentar, ingestão de medicamentos indevidos e queimaduras. Casos de quedas, cortes e ingestão de algum corpo estranho são menores.
“As crianças chegam aqui sonolentas, já vomitando e os pais vão se lembrando do que realmente aconteceu. Já fiz um atendimento de um bebê de sete meses que a avó da criança aplicou o medicamento trocado. Em vez de Luftal, ela deu colírio a criança. Foi um quadro bem complicado, que até tomografia tivemos que realizar”, disse a pediatra.
A técnica de enfermagem, Claúdia Márcia Rangel, de 45 anos que possui um filho de 3 anos, chegou a mandar fazer um portão para impedir que Ibrahim Séfer, tenha acesso ao 2º andar de sua casa, depois de um descuido de sua parte.
“Se deixar, meu filho mexe em tudo. Procuro manter produtos de limpeza, remédios e qualquer objeto que apresente perigo, fora do alcance dele”, ressalta a técnica de enfermagem.
Para evitar esses tipos de acidentes, os pais devem deixar os objetos perigosos longe do alcance das crianças e guardá-los em locais seguros, principalmente os remédios que apresentam sabores, o que favorece a ingestão.
“Aconselhamos em caso de algum incidente com medicamento ou alimento indevido, que os pais provoquem o vômito até 20 minutos após o ocorrido, porque depois o líquido é absorvido. Somente em caso de materiais que contenham álcool, não se deve realizar esse procedimento, pois pode acarretar uma aspiração para o pulmão, ocasionando até uma pneumonia”, alerta a pediatra.
Uma importante dica para os responsáveis quanto a brinquedos com peças pequenas e inadequadas para certas idades, é que não se esqueçam de olhar as embalagens com a idade indicada para o uso.
“Por meu filho ser portador da Síndrome de Down, há uma necessidade maior de estimulá-lo o tempo todo com brinquedos que emitem sons, que possuem cores fortes e figuras, que estimule a memória e a coordenação motora e por isso tenho que ter um cuidado redobrado. Quando vou comprar brinquedos costumo olhar qual o melhor e mais indicado para a idade dele, pois meu filho só tem 3 anos e não imagina as conseqüências e o perigo que aquilo pode acarretar”, disse Claúdia.
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