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Mar avança em Atafona e preocupa pescadores e moradores do Pontal

Fotos: Carlos Grevi

Nível baixo do Paraíba e força das ondas fez dois barcos naufragarem

Moradores e pescadores do Pontal de Atafona, em São João da Barra estão enfrentando sérios problemas com a baixa do Rio Paraíba e consequente avanço do mar no local. Em menos de 15 dias, pelo menos dois barcos naufragaram devido ao acúmulo de areia que tem fechado a boca da Barra e impedido que as embarcações entrem no mar.

Na manhã deste domingo (29/07), uma embarcação de pequeno porte virou, precisando do emprenho de outras embarcações e até mesmo tratores para retirá-la do fundo do rio. Genivaldo Ribeiro, de 44 anos, irmão do proprietário do barco contou à equipe do Site Ururau que em 30 anos de pesca no local, esta é a primeira vez que a atividade é comprometida pelo período de baixa do Rio que tem possibilitado ainda que o mar lance areia no mangue, comprometendo a fauna nativa.

“Normalmente saímos para o mar às 5h da manhã e voltamos no final da tarde, mas com essa situação estamos tendo que sair à 1h e voltarmos a 1 da tarde, por que temos que aproveitar a maré alta, caso contrário não podemos retornar.” Disse o pescador que acrescentou que o volume do pescado já teve uma queda de cerca de 50%.

Devido ao problema, alguns pescadores estão abandonando temporariamente a pesca no litoral e aportando em Macaé e Espírito Santo. Eles deixam casa e família por um período de 15 a 30 dias para poderem saírem para o mar e retornarem livremente, conforme a necessidade, já que devido ao incidente natural que vem ocorrendo na foz do Paraíba, os horários estão limitados.

E não são somente os pescadores que estão prejudicados, moradores do local também estão ameaçados com o avanço das águas do mar. Morador do Pontal a pelo menos cinco anos, Neivaldo Soares recebeu ajuda da Defesa Civil para fazer sua mudança. A casa onde ele morava está completamente condenada pelo mar.

De acordo com o agente da Defesa Civil, João Batista Medeiros, que reside em São João da Barra há mais de 40 anos, o fenômeno também a maré de lua, que está em seu segundo dia e a probabilidade é que a partir desta segunda-feira (30/07), a situação se agrave ainda mais. Ele revelou ainda que antes de se cogitar uma dragagem no local, o que iria melhorar a situação dos pescadores é preciso ser feito um estudo dos possíveis impactos da ação, já que ao remover o banco de areia é possível que a água do mar avance ainda mais podo em rico, desta vez, toda a comunidade e comerciantes ribeirinhos do entorno.

A Equipe do Site Ururau tentou contato com a chefia da Defesa Civil do Município, mas ele não atendeu as ligações.

fonte:Ururau.com