quarta-feira, 18 de julho de 2012


MEMÓRIA DO NOSSO ESPORTE


Martinei é o quinto, em pé, da esquerda para a direita

O dono de borracharia com história no futebol de São Francisco

Das peladas que jogava ainda garoto, na localidade de Ponto de Cacimbas, vem o gosto pelo futebol. Já o incentivo para continuar a prática desse esporte partiu do primeiro treinador, o seu tio Alfredo Ribeiro dos Santos. Hoje, aos 50 anos de idade e muitos deles dedicados à disputa de campeonatos amadores, Martinei Azevedo dos Santos guarda boas recordações dos tempos em que atuava pelos times do município.
Bom Jardim, Comercial de Ponto de Cacimbas, São Francisco, Valão Seco e Vasquinho de Imburi foram algumas das equipes defendidas por esse ponta-direita que, em sua modéstia, costuma dizer que “dava para o gasto”. Em algumas dessas passagens, as atuações culminaram em títulos, como o conquistado pelo São Francisco em uma final em Ponto de Cacimbas, contra Guaxindiba.
Trabalhando há 20 anos em uma borracharia de sua propriedade no centro de São Francisco, local que escolheu para morar após deixar a comunidade de Ponto de Cacimbas, Martinei ainda se mantém envolvido com o futebol. Atualmente vem acompanhando e colaborando com o time de São Francisco no Campeonato Municipal.
O contato direto com a bola, segundo ele, também é mantido. “Ainda jogo meu futebol regularmente, apesar de estar parado temporariamente por problemas de circulação. Mas em breve voltarei a bater uma bola com os amigos”.
Em relação ao futebol de hoje no município, Martinei aponta a questão financeira como o lado negativo. “Antes a gente jogava nos times por amor ao futebol. Hoje, mesmo nos campeonatos aqui do interior, os jogadores querem receber para jogar. No meu tempo não existia isso”, destacou esse flamenguista de coração.
Dos craques que viu jogar pelos campos de São Francisco, muitos, segundo ele, poderiam ter ir ido longe no futebol. “O que realmente faltou para muitos desses jogadores foi oportunidade para seguir uma carreira profissional. Por isso muitos talentos foram desperdiçados”, concluiu.  

Maurício Barreto

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