Plantação de acerola ganha força no sul do Estado
O cultivo da aceroleira teve um grande impulso nos últimos vinte anos no Brasil, devido ao elevado teor de ácido ascórbico (Vitamina C) nos seus frutos, fator este que levou ao aumento da demanda tanto pelo mercado interno como externo.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador mundial de produtos de acerola (acerola em pó com 14% de Vitamina C, acerola ultra-filtrada com 7% de Vitamina C e polpa integral e concentrada).
A Região Nordeste é responsável por grande parte da produção nacional de acerola, com destaque para os Estados de Pernambuco, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte. As condições de solo e clima existentes no Nordeste brasileiro permitem que se produzam frutos de excelente qualidade durante quase todo o ano, inclusive no período no qual os mercados americano, europeu e asiático estão desabastecidos.
A Região Nordeste é responsável por grande parte da produção nacional de acerola, com destaque para os Estados de Pernambuco, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte. As condições de solo e clima existentes no Nordeste brasileiro permitem que se produzam frutos de excelente qualidade durante quase todo o ano, inclusive no período no qual os mercados americano, europeu e asiático estão desabastecidos.
No Estado do Espírito Santo até pouco tempo atrás não existiam relatos de áreas comerciais plantadas com a aceroleira. No entanto, essa situação tem se modificado à medida que na região Sul do Estado do Espírito Santo, mais precisamente nos municípios de Piúma, Iconha, Rio Novo do Sul, Anchieta, Vargem Alta, Itapemirim e Marataízes já existem aproximadamente 40 ha plantados com esta cultura. Este resultado é fruto do trabalho desenvolvido pela Cooperativa de Valorização, Incentivo e de Desenvolvimento Agropecuário Sustentável do Vale do Orobó (Coopervidas) e pela empresa PULP FRUIT, com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Um objetivo comum que se transformou em parceria oportuna e valiosa, com garantia de escoamento da produção das lavouras, e redução dos custos de produção, visto que grande parte da matéria-prima vinha da Região Nordeste do país. A acerola foi escolhida como a fruta inaugural da Cooperativa após a constatação pelos Técnicos do Incaper que as condições edafoclimáticas da região eram propícias ao plantio da aceroleira, e que existia demanda de frutos de acerola para serem processados pelas indústrias de polpa do Sul do Estado. O primeiro passo foi dado no mês de junho de 2007 com a produção de 4.000 mudas de aceroleira das variedades Sertaneja e Okinawa em viveiro da própria Cooperativa, com assistência técnica do Incaper. Estas mudas se juntaram a 3.500 mudas das mesmas variedades doadas pelo Governo do Estado, sendo estas distribuídas aos produtores cooperados, e plantadas no final do ano de 2007. Em 2009 o Governo do Estado repassou mais 10.000 mudas para a Coopervidas, as quais foram plantadas no mês de novembro daquele ano. Já estão contratadas pelo Governo do Estado mais 20.000 mudas para serem distribuídas aos produtores como parte das ações de fortalecimento do Pólo de acerola na Região. Os Pólos de frutas têm como objetivo direcionar todos os esforços num determinado espaço geográfico (região) no qual os produtores rurais, agroindústrias, instituições públicas e privadas, associações de produtores, cooperativas, empresas prestadoras de serviços especializados, desenvolvam as suas atividades de forma integrada para o bem de todos os envolvidos no processo, gerando sim, renda e qualidade de vida para os produtores rurais da Região. Na medida do possível, o objetivo tem sido alcançado, à medida que a produção de acerola para a indústria já totalizou 80 toneladas referentes às safras de 2008/2009 e 2009/2010. Resultado bastante satisfatório se levarmos em consideração que metade das plantas tem apenas 2 anos e meio de idade, e com produção média de 6,5t/ha de acerola, sendo que existem áreas irrigadas que estão com produção de 17,5t/ha de acerola com a mesma idade. Acredita-se que nestas áreas irrigadas seja possível alcançar níveis de produtividade em torno de 40t/ha safra, uma vez que nas condições locais a aceroleira pode apresentar seis ou mais ciclos fenológicos de produção/safra. O aumento programado da produção de acerola na região é um incentiva a instalação de novos empreendimentos agroindustriais em torno desta cultura, favorecendo o surgimento de novos empregos. Acredita-se ainda, que o mercado interno brasileiro seja grande e promissor, mas pouco explorado e que suas perspectivas sejam ainda melhores, havendo mercado potencial para a acerola a curto e médio prazo.
Portanto, as ações a serem desenvolvidas a partir de 2011 serão de consolidação do pólo de acerola na Região Sul do Estado do Espírito Santo, com foco no aumento da produção e da produtividade, através do aumento da área irrigada, com conseqüente melhoria da qualidade das frutas, resultando num melhor atendimento às exigências das agroindústrias e do mercado consumidor.
PERSPECTIVAS DO PÓLO DE ACEROLA
As perspectivas de médio e longo prazos para a produção de acerola são bastante positivas para o Estado do Espírito Santo, em razão da grande procura por matéria-prima pelas indústrias de processamento da Região Sul do Espírito Santo, como também de outros Estados da Federação.
A cultura da acerola na Região ganha novo impulso com o apoio do Governo do Estado, com possibilidade de ampliação da área plantada, porém de forma organizada e concentrada, facilitando o escoamento da produção, com redução de custos para toda a cadeia produtiva.
Ampliação do parque industrial através da instalação de pequenas e médias agroindústrias de processamento de acerola, gerando novos empregos e renda na Região do pólo.
OBJETIVOS
· Ampliar a área plantada de aceroleira das variedades Sertaneja e Okinawa.
· Potencializar e organizar as ações de pesquisa e assistência técnica.
· Direcionar o fomento por meio de assistência técnica e do crédito rural.
· Introduzir novas variedades de aceroleira resistentes à seca, a pragas e doenças, bem como com aptidão para a indústria de processamento e consumo in natura.
· Produzir mudas das diferentes variedades com potencial genético comprovado e adaptadas as condições edafoclimáticas da Região.
· Agregar valor à produção com a melhoria da qualidade da fruta produzida.
· Promover a diversificação agrícola para os agricultores de base familiar e empresarial.
· Produzir com segurança alimentar por meio da implantação de Boas Práticas Agrícolas.
· Fortalecer na região o cooperativismo.
METAS GLOBAIS
· Ampliação da área plantada com a cultura da acerola, nos próximos quatro anos, para 150 ha.
· Distribuição de 100 mil mudas de acerola para associações e cooperativas de produtores, para ampliação da área plantada em quatro anos.
· Aumento da área irrigada na sua totalidade.
· Aumento da produtividade média da aceroleira para 40t/ha.
· Recomendação de pelo menos mais quatro novas variedades de aceroleira, sendo duas para consumo in natura e duas para processamento.
AÇÕES DO PÓLO
As ações serão implementadas de forma programada, orientada ao incremento da produção, com utilização de tecnologias definidas no padrão tecnológico da cultura para alcançar a qualidade dos produtos e atender às exigências do mercado de frutos para consumo in natura e das indústrias de processamento de frutas:
· Fomento de mudas
· Pesquisa e assistência técnica
· Treinamento e capacitação
· Integração dos diferentes setores públicos e privados envolvidos com o agronegócio acerola.
Visam a melhoria da eficiência econômica e do processo contínuo de maior competitividade, da qualidade de vida e bem estar social dos agricultores e demais agentes envolvidos nesse agronegócio.
ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PÓLO DE ACEROLA DA REGIÃO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
A aceroleira é uma planta rústica que se desenvolve e produz satisfatoriamente seus frutos em clima Tropical e Subtropical, com temperatura média próxima dos 26°C. A planta de necessita de luminosidade e precipitações entre 1.200 e 1.600 mm bem distribuídas ao longo do ano para alcançar todo o seu potencial produtivo. As plantas das áreas implantadas na Região Sul do Estado do Espírito Santo têm apresentado um excelente desenvolvimento vegetativo com produtividade acima do esperado. Tanto nas áreas prioritárias e de expansão é necessário lançar mão da irrigação, com o objetivo de aumentar a produção por área, bem como produzir frutos de qualidade superior para o mercado consumidor (indústria e consumo in natura).
Fonte: Redação Maratimba.com
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