O rentável negócio das rinhas de galos em Porto Rico
As rinhas de galos continuam em Porto Rico como uma das características desta nação caribenha, costume transformado em uma indústria que dá trabalho a milhares de pessoas na ilha e que gera riqueza no valor de centenas de milhões de dólares no mundo todo. Porto Rico, apesar de seu limitado tamanho, é hoje o epicentro em nível internacional das brigas de galos graças, principalmente, ao Club Gallístico de Porto Rico, que a partir dos arredores de San Juan atrai a cada ano centenas de apostadores de todos os continentes.
O presidente dessa “gallera”, Jorge Ramos, assegura que a de San Juan é, provavelmente, a maior de toda a América Latina e do mundo inteiro, e ponto de atração para torcedores que viajam exclusivamente a Porto Rico para presenciar as brigas que ali são realizadas.
"O galo de briga de Porto Rico é o melhor do mundo", diz Jorge, sem duvidar, após lembrar que foram os espanhóis há mais de cinco séculos que trouxeram uma raça que, segundo diz, melhorou com a passagem dos anos.
Chama a atenção que Porto Rico tenha se transformado em referência desta prática, denominada esporte na ilha caribenha, à frente de países da América Latina muito mais povoados – no Brasil, por exemplo, a rinha de galo é definida como crime pela legislação. Na opinião de Jorge, o que pôde ter contribuído é que em 2007 foi sancionada a Ley de Gallos, que desde então dá proteção jurídica a este espetáculo.
"As brigas de galos são parte de Porto Rico e de nossa cultura, e é algo do que somos orgulhosos", frisa o presidente da popular “galera” da capital.
Costume arraigadoEle lembra que embora se trate de um costume arraigado na sociedade porto-riquenha e na de outros países da América Latina, não é estranho ver estrangeiros do norte, entre elas muitos turistas americanos, irem a essas instalações para experimentar o genuíno ambiente que se respira na “galera” dos arredores de San Juan.
O Club Gallístico de Porto Rico, próximo ao aeroporto de San Juan e vizinho dos hotéis que ficam nas praias da capital, se transforma a cada noite, especialmente nas dos finais de semana, em ponto de reunião de fãs de toda a ilha.
Os proprietários dos galos apostam entre eles, enquanto é costume também fazê-lo entre o público em nível particular, já que a lei porto-riquenha não permite às “galeras” organizar apostas. As brigas de galos são precedidas de uma minuciosa preparação dos animais, nos quais são colocadas nas patas "esporas" de plástico concebidas para acelerar a morte das aves durante as brigas.
A lei porto-riquenha estipula que o juiz pode admitir nas brigas galos armados com "esporas" postiças, excetuando de tartaruga marinha (feitas com carapaça de tartaruga), que estão proibidas por disposição federal americana.
Uma vez efetuada o teste de aptidão dos animais e colocados os galos no sistema de gavetas para começar a briga, o juiz concede ao público até dois minutos para fazer as apostas que desejarem. As normas também estabelecem que as brigas podem ser interrompidas quando um galo fugir durante o primeiro minuto de combate.
Negócio lucrativoCálculos do setor mostram que as brigas de galos dão emprego para entre 50 mil e 55 mil pessoas em Porto Rico, território onde essa atividade gera uma riqueza de cerca de US$ 800 milhões anuais. O negócio das brigas envolve desde criadores até veterinários, passando por empresas vendedoras de ração, entre outros negócios associados a esse mundo.
O espetáculo das brigas de galos, ao contrário do que se poderia supor, ganhou fãs nos últimos dez anos em Porto Rico e junto à de San Juan foram abertas mais de uma centena de “galeras” de diferentes categorias. Calcula-se que a cada ano cerca de um milhão de pessoas vão a estes locais.
‘Esporte sangrento’O costume tem, no entanto, seus opositores também na ilha e em outubro de 2010 a legisladora Melinda Romero divulgou sua oposição a esta prática. Melinda chegou a assegurar que as brigas de galos não são um esporte e incitam a violência na sociedade.
Igualmente, fora da ilha esta prática também conta com muitos opositores, entre eles grupos de defesa dos animais, como a ONG Peta ("People for the Ethical Treatment of Animals"). Na opinião desta organização, este costume arraigado em muitos países é "um esporte sangrento".
O presidente dessa “gallera”, Jorge Ramos, assegura que a de San Juan é, provavelmente, a maior de toda a América Latina e do mundo inteiro, e ponto de atração para torcedores que viajam exclusivamente a Porto Rico para presenciar as brigas que ali são realizadas.
"O galo de briga de Porto Rico é o melhor do mundo", diz Jorge, sem duvidar, após lembrar que foram os espanhóis há mais de cinco séculos que trouxeram uma raça que, segundo diz, melhorou com a passagem dos anos.
Chama a atenção que Porto Rico tenha se transformado em referência desta prática, denominada esporte na ilha caribenha, à frente de países da América Latina muito mais povoados – no Brasil, por exemplo, a rinha de galo é definida como crime pela legislação. Na opinião de Jorge, o que pôde ter contribuído é que em 2007 foi sancionada a Ley de Gallos, que desde então dá proteção jurídica a este espetáculo.
"As brigas de galos são parte de Porto Rico e de nossa cultura, e é algo do que somos orgulhosos", frisa o presidente da popular “galera” da capital.
Costume arraigadoEle lembra que embora se trate de um costume arraigado na sociedade porto-riquenha e na de outros países da América Latina, não é estranho ver estrangeiros do norte, entre elas muitos turistas americanos, irem a essas instalações para experimentar o genuíno ambiente que se respira na “galera” dos arredores de San Juan.
O Club Gallístico de Porto Rico, próximo ao aeroporto de San Juan e vizinho dos hotéis que ficam nas praias da capital, se transforma a cada noite, especialmente nas dos finais de semana, em ponto de reunião de fãs de toda a ilha.
Os proprietários dos galos apostam entre eles, enquanto é costume também fazê-lo entre o público em nível particular, já que a lei porto-riquenha não permite às “galeras” organizar apostas. As brigas de galos são precedidas de uma minuciosa preparação dos animais, nos quais são colocadas nas patas "esporas" de plástico concebidas para acelerar a morte das aves durante as brigas.
A lei porto-riquenha estipula que o juiz pode admitir nas brigas galos armados com "esporas" postiças, excetuando de tartaruga marinha (feitas com carapaça de tartaruga), que estão proibidas por disposição federal americana.
Uma vez efetuada o teste de aptidão dos animais e colocados os galos no sistema de gavetas para começar a briga, o juiz concede ao público até dois minutos para fazer as apostas que desejarem. As normas também estabelecem que as brigas podem ser interrompidas quando um galo fugir durante o primeiro minuto de combate.
Negócio lucrativoCálculos do setor mostram que as brigas de galos dão emprego para entre 50 mil e 55 mil pessoas em Porto Rico, território onde essa atividade gera uma riqueza de cerca de US$ 800 milhões anuais. O negócio das brigas envolve desde criadores até veterinários, passando por empresas vendedoras de ração, entre outros negócios associados a esse mundo.
O espetáculo das brigas de galos, ao contrário do que se poderia supor, ganhou fãs nos últimos dez anos em Porto Rico e junto à de San Juan foram abertas mais de uma centena de “galeras” de diferentes categorias. Calcula-se que a cada ano cerca de um milhão de pessoas vão a estes locais.
‘Esporte sangrento’O costume tem, no entanto, seus opositores também na ilha e em outubro de 2010 a legisladora Melinda Romero divulgou sua oposição a esta prática. Melinda chegou a assegurar que as brigas de galos não são um esporte e incitam a violência na sociedade.
Igualmente, fora da ilha esta prática também conta com muitos opositores, entre eles grupos de defesa dos animais, como a ONG Peta ("People for the Ethical Treatment of Animals"). Na opinião desta organização, este costume arraigado em muitos países é "um esporte sangrento".
Foto de arquivo de uma briga de galos em Ilha Verde, Carolina, Porto Rico. EFE/Ricardo Figueroa.
Um porta-voz da organização se queixou, por exemplo, em uma conversa com a Agência Efe que estes animais, durante o período de criação, são submetidos a práticas voltadas a aumentar sua agressividade e que depois das brigas, em muitos casos inclusive ainda com vida, eles são jogados fora até que acabam morrendo.Segundo essa organização, muitos porto-riquenhos lamentam a popularidade dessa prática na ilha caribenha, que também prevalece em países como França, Espanha, México e Malásia.
Porto Rico e Guam, a ilha do Pacífico, são hoje os dois únicos territórios associados aos Estados Unidos onde se permitem brigas de galos, embora até 2008 também tenham sido autorizadas no estado da Louisiana.
Em Porto Rico, o Departamento de Recreação e Esportes é a entidade responsável de outorgar as permissões para as “galeras” operarem, onde não se podem realizar mais de 35 brigas por noite. As brigas de galos são um costume que, da mesma forma que em Porto Rico, está espalhado em boa parte do continente americano, se destacando entre outros países na vizinha República Dominicana, onde a prática é também considerada um esporte legalmente reconhecido pelas autoridades locais.
O México é outro dos países com forte tradição popular das brigas de galos e onde é fácil encontrar lugares onde se realizam as rinhas.
As brigas de galos têm sua origem mais imediata em Porto Rico no século 16 coincidindo com a chegada à ilha dos primeiros colonizadores espanhóis, embora esta prática ancestral remonte à Ásia, onde se acredita que começou a ser praticada pelo menos mil anos antes de Cristo.
Na ilha caribenha a atividade foi reconhecida oficialmente no dia 5 de abril de 1770, mediante um decreto do então governador espanhol Don Miguel de Muesas.
fonte:Yahoo.com
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