Ministério Público quer a suspensão dos direitos políticos do prefeito
Caso seja acatada, a ação pode culminar na impugnação da candidatura de
Reginaldo, que tenta a reeleição
Eduardo Fachetti
O Ministério Público Estadual (MPES) quer a suspensão dos direitos políticos do prefeito afastado de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta (PTB), por até oito anos, o bloqueio de seus bens e a proibição de o petebista participar de contratos públicos por cinco anos. É o que consta em uma ação de improbidade administrativa apresentada, na última terça-feira, ao juiz Ronaldo Domingues de Almeida, da comarca do município.
O documento lista, além de Reginaldo, outras 54 pessoas que estariam envolvidas nos autos da Operação Lee Oswald, desencadeada em abril. O MPES pede à Justiça o afastamento de cargos públicos, bloqueio de bens e condenação por atos de improbidade administrativa de todas elas.
A lista inclui secretários, empresários, militares e o ex-procurador geral da cidade Constâncio Brandão – todos citados no inquérito da Polícia Federal sobre o esquema de desvio de dinheiro do caixa municipal.
Caso seja acatada, a ação pode culminar na impugnação da candidatura de Reginaldo, que tenta a reeleição apesar dos 82 dias em que ficou preso. Conforme interpretação do MPES, após as investigações da Polícia Federal em Kennedy, ficou evidenciada a participação de agentes municipais em atos que causaram "enorme prejuízo ao erário".
"A ação dos requeridos ensejou lesão ao conceito que o município desfrutava (...) ficando abalada sua credibilidade", desta trecho da ação, de autoria do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPES.
A promotoria pediu também ao Judiciário que as partes sejam condenadas a ressarcir os cofres públicos em R$ 100 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário