quinta-feira, 22 de abril de 2010

Shell já tem poço perfurado no pré-sal no Parque das Conchas em Presidente Kennedy

Listado como um dos três grandes projetos hoje em desenvolvimento pela Shell no mundo, o Parque das Conchas (antigo BC-10), localizado em águas profundas da Bacia de Campos, mas no Litoral Sul do Espírito Santo em Presidente Kennedy, já tem um poço sendo perfurado na camada do pré-sal.
A companhia deve anunciar, em maio, o resultado da exploração no primeiro poço onde está explorando as possibilidades de reserva nesta camada, no campo de Nautilus, que é um dos quatro campos do Parque das Conchas. Os outros três são os campos de Abalone, Ostra e Argonauta no litoral de Presidente Kennedy.
A empresa já havia informado à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), dia 31 de março, que encontrou indícios de petróleo em Nautilus. O petróleo foi encontrado a 1.571 metros de lâmina d’água e a 2,5 mil metros de profundidade. Até março, a Shell não havia confirmado que a descoberta havia sido feita na camada de pré-sal.

Em entrevista para o jornal Valor, o vice-presidente de exploração e produção da Shell para as Américas, Marvin Odum, confirmou que, em maio, a companhia espera apresentar o plano de desenvolvimento para produção no campo de Nautilus. O Parque das Conchas está localizado a cerca de 110 km da costa.
Desde setembro do ano passado, a Shell já produz, no Parque das Ostras, mais de 80 mil barris de petróleo por dia, em média. A produção, no entanto, pode variar e a própria ANP informou, na semana passada que, apenas no campo de Ostra, a média foi de 73 mil barris por dia de petróleo associado a gás. Na região está instalado o navio-plataforma “Espírito Santo”, que é do tipo FPSO, navio que produz, armazena e transfere óleo.
Segundo Marvin Ovum, a Shell produz hoje 117 mil barris por dia no Brasil, o que representa apenas 3% do total da produção da companhia no mundo, que chega a 3,3 milhões de barris por dia. A Shell é operadora do bloco com 50% de participação, tendo como sócias a Petrobras, com 35%, e a indiana ONGC, com 15%.
No Parque das Conchas são usadas novas tecnologias que permitem a separação da água do óleo e o bombeio do produto até o navio. O gás produzido com o óleo é reinjetado nos campos, em parte, para facilitar a produção e evitar a queima gerando CO2.

Fonte: GazetaOnline

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