terça-feira, 22 de outubro de 2013

Untitled-10A presidente Dilma Rousseff ironizou notícias veiculadas pela imprensa às vésperas do leilão de Libra, como a de que o governo temia um baixo interesse de empresas na exploração das riquezas do pré-sal.
Dilma reiterou que o governo está “satisfeito” com o resultado de Libra e destacou os ganhos nas áreas de educação e saúde com as operações da área.
“Fico, assim, intrigada muitas vezes, acordo de manhã, olho pro espelho e pergunto pra mim mesma: quem será essa fonte do Planalto? Quem será essa fonte do governo? É uma coisa que me intriga, viu, gente? Um dia desses, eu pergunto para os meus botões (apontando para o próprio blazer), esses botões são assim muito ignorantes, não conseguem me responder. Quero dizer o seguinte: o governo está satisfeito com o resultado do leilão, acha o consórcio sólido, está satisfeito com o que lhe cabe da receita, está satisfeito com a destinação desta riqueza”, afirmou a presidente.
Dilma conversou com jornalistas após a cerimônia de sanção da Lei do Programa Mais Médicos nesta terça-feira, 22.
Alquimia. Na avaliação da presidente, os recursos originados com a exploração de Libra vão permitir uma “alquimia”. “Vamos transformar petróleo em educação, petróleo em saúde, vamos transformar petróleo em desenvolvimento da indústria naval, da indústria de fornecedores, dos prestadores de serviço, toda aquela indústria que gira em torno da exploração de um campo”, disse.
“Quanto mais esse processo de desenvolver, mais recursos, mais reais, bilhões de reais teremos. Quero dizer para vocês que eu inclusive não entendi muito as notícias na antevéspera, na longa antevéspera do leilão, nunca entendi as notícias e de onde saíam aquelas deduções. Se o pessoal quer ficar surpreso com a obviedade que este é um dos maiores leilões de petróleo do mundo, pois que fiquem, mas não atribuam a mim a interrogação”, prosseguiu.
Recursos. A presidente disse que Libra vai permitir “grandes recursos” para a saúde e para a educação, lembrando que o Congresso Nacional aprovou recentemente a destinação dos royalties do petróleo para essas duas áreas sociais. “O Fundo Social do pré-sal destina, para ser distribuído nas duas áreas (educação e saúde), em torno de mais de R$ 300 bilhões”, disse Dilma. “Isso é algo absolutamente significativo no Brasil”.
Dilma Rousseff também fez uma enfática defesa do modelo de partilha, sob o qual a área de Libra foi leiloada e que sofreu críticas da oposição ontem com o resultado do certame. “Com a partilha, a União, os Estados e municípios ficam com 85% das receitas, se você considerar também a Petrobras”, pontuou. De acordo com presidente, desse total, 75% é da União. “Quem fala em privatização, no mínimo, desconhece essas contas”.
Consórcio. Dilma disse que o grupo vencedor é um dos maiores “consórcios de empresas para explorar o pré-sal”. A presidente afirmou que Libra, no seu pico, produzirá 1,4 milhão de barris/dia, mais de 70% de tudo o que o País produz atualmente.
“O consórcio que ganhou é um consórcio sólido, com grandes empresas, e – interessante – não tem preconceito entre elas. As grandes empresas de petróleo não têm preconceito, como muitas vezes é externado aqui no Brasil com empresas chinesas. As empresas chinesas são das maiores do mundo, têm parcerias sólidas com a Shell em outros países, é um consórcio de grandes empresas, que tem a capacidade de explorar os recursos necessários (no pré-sal), não só financeiros, mas tecnológicos”, afirmou Dilma.
“A Petrobrás é, sem sombra de dúvida, junto com a Shell, a grande empresa do mundo com especialização em águas profundas.
Questionada se o modelo de exploração do pré-sal precisava de ajustes, Dilma respondeu: “Não vejo onde esse modelo precisa de ajustes. Não tem por que modificar conteúdo nacional, não tem por que modificar papel da PPSA, não tem por que tirar os 30% da Petrobrás. Então, aqueles que querem mudar isso, mostrem as suas faces e defendam, não atribuam ao governo o interesse em modificar qualquer coisa. O governo está satisfeito com modelo de partilha”.
fonte:Blog do BG com informações-Estadão


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