terça-feira, 19 de outubro de 2010

Caso Bruno: Quaresma pode ter sigilo telefônico quebrado

Minas Gerais - O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, que defende Sônia Samudio, mãe da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, Eliza, disse nesta terça-feira que fez uma solicitação à Polícia Civil e à Justiça para que seja determinada a quebra do sigilo telefônico do advogado do atleta, Ercio Quaresma. O pedido foi baseado na gravação, divulgada pelo Fantástico, de um telefonema em que Quaresma ameaçaria a noiva de Bruno, a dentista Ingrid Oliveira.

Para Lima, o advogado fez uma "confissão" de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio ao afirmar que, "se é que existe um cadáver", ele está "insepulto até agora" por sua causa. "Tem que haver investigação para ele sair disso e provar que não tem nada com isso. Ele se colocou na cena do crime, ele deu motivo na medida em que ele fala que é amigo do Bola (ex-policial Marcos Aparecido dos Santos)", disse.

O advogado da mãe de Eliza disse que entrou com uma notícia-crime junto ao delegado-chefe do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), Edson Moreira, "tendo em vista o teor da conversa" divulgada no domingo. "A notícia-crime está dada, ele (Moreira) tem que investigar, é uma queixa de que alguém possa ter cometido um crime", disse.

Lima informou também que pediu que a juíza Marixa Fabiane Lopes, da comarca de Contagem, determine uma investigação para apuras as "falas de Quaresma". "Sugeri que seja quebrado o sigilo telefônico de Quaresma na época do crime", afirmou. Também em entrevista ao Fantástico, a dentista acusou o advogado de chantagear Bruno. Quaresma nega as acusações. Na semana passada, o goleiro disse em audiência em Contagem que não tem sido ameaçado pelo defensor e que Quaresma "é como um pai".
O DIA noticia o desaparecimento de Eliza Samudio com exclusividade

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.


No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.


A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.

fonte:O DIA ONLINE

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