Serra se diz a favor da união homossexual 'para efeito de Direito'
Para candidato, união civil é diferente de casamento, que depende da posição de cada igreja
Publicado em 14/10/2010, 16:18
Última atualização às 19:09
Serra defendeu que o casamento é uma questão religiosa e atinente às igrejas. "A união em torno de direitos civis já existe, inclusive na prática, pelo Judiciário. E eu sou a favor para efeito de Direito", apontou o tucano. "Outra coisa é o casamento, que tem um componente religioso das igrejas", estabeleceu. "E aí cada igreja define sua posição", disse o presidenciável.
HIV
Serra criticou a política de combate à Aids no Brasil, pelo que considera ser a falta de medicamentos antirretrovirais distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O candidato da oposição ainda destacou a necessidade de o governo estimular o aumento da produção nacional de medicamentos como forma de barateá-los e garantir o abastecimento.Para Serra, o governo federal deve, inclusive, quando necessário, recorrer à quebra de patentes sempre que um laboratório produtor se negar a reduzir o preço de remédios considerados vitais ao tratamento de doenças dispendiosas. Quando ministro da Saúde, o agora candidato não chegou a promover nenhuma quebra de patente – o único caso ocorreu em 2007, com o antirretroviral Efavirenz, empregado no tratamento de pacientes HIV positivos.
De acordo com o tucano, ex-ministro da Saúde e do Planejamento do governo Fernando Henrique Cardoso , a ameaça aos laboratórios, às vezes, é suficiente para permitir a negociação e a redução dos preços.
Na reunião, Serra assinou documento se comprometendo a implementar ações que visam a melhorar as condições das pessoas que vivem com o HIV. Segundo o presidente do fórum, Rodrigo de Souza Pinheiro, o documento também será apresentado à candidata do PT, Dilma Rousseff, para que ela assuma os mesmos compromissos.
A carta prevê a adoção de políticas e ações capazes de diminuir o número de mortos pela doença e a redução do alto índice de diagnósticos tardios; a ampliação significativa da distribuição de preservativos masculinos e femininos e a execução de planos já lançados pelo governo federal para combater a epidemia entre as parcelas mais vulneráveis da população, caso de mulheres e homossexuais.
Questionado se algumas das sugestões não poderiam ser alvo de críticas de setores religiosos, Serra lembrou que, já na época em que foi ministro da Saúde, criou uma política de distribuição de preservativos contra a qual, segundo ele, a Igreja nunca teria colocado obstáculos.
fonte:rede brasil atual
Com informações da Agência Brasil
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