terça-feira, 18 de outubro de 2011



Piso nacional do magistério

Muitos de vocês me conhecem bem e sabem que sou filha de Guarapari e, que dediquei minha vida ao magistério, formando e informando crianças e adolescentes do meu Município. Iniciei minha carreira aos 18 anos, em março de 1964 e me aposentei em novembro de 1992, portanto, 28 anos e oito meses de serviços prestados ao Estado.


E, desde então, venho apreciando meu salário, que equivale hoje a R$ 698, 83 (seiscentos e noventa e oito reais e oitenta e três centavos), sendo reduzido a cada ano. Entretanto, para felicidade minha e tranqüilidade do meu coração, que não tem respaldo de um plano de saúde, recebi na semana passada, um contracheque trazendo ao meu conhecimento, o aumento concedido pelo governo, sob a denominação de "piso nacional do magistério", correspondente a R$ 43,65 (quarenta e três reais e sessenta e cinco centavos). Você riu?


É para rir mesmo, por isso que resolvi partilhar tamanha felicidade! Porque, enquanto assistimos os aumentos abusivos e arbitrários concedidos a eles mesmos, nossos governantes (categoria política em geral), que apesar de minoria, é quem consome o dinheiro público do país, passamos pelo vexame de ver massacrados os trabalhadores, de fato, que representam o mecanismo que garante a funcionalidade e o desenvolvimento da nossa Nação, em particular o professor, já que ninguém alcança o direito de trabalho de qualquer setor, sem passar, antes, pelas mãos desse profissional.


Concluo que só existe uma profissão que vale à pena abraçar no Brasil: a de político. Considerando que o poder emana do povo, através daqueles que elegemos, nesse contrato, com certeza autorizamos total liberdade ao uso do dinheiro público a poucos, que são os políticos, e o escravizamento da maioria, que são os trabalhadores.


Há de se mudar tanta falta de respeito e tanto descaramento, colocando nossos nomes à disposição de candidaturas, aos diversos cargos políticos, de forma que não sobre, sequer, um para ser eleitor. Já pensaram que maravilha seria? Todo mundo ganhando valores equiparados e conscientes do cumprimento de objetivos fundamentais de nossa Carta Magna, a exemplo: " construir uma sociedade livre, justa e solidária".


Alda Regina Castro, professora.

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