segunda-feira, 24 de outubro de 2011




Coleta irregular de orquídeas em Itapemirim

A restinga do Espírito Santo tem cerca de 300m de largura e acompanha todo o litoral do Estado.
Coleta irregular de orquídeas em Itapemirim

Restingas do Espírito Santo, uma área intocada até 5 ou 10 anos atrás, mas, infelizmente, foi descoberta por "orquidófilos" que a estão depredando pela coleta desenfreada, chegando a sair muitas vezes caminhões carregados de orquídeas. As mudas de orquídeas indesejadas são abandonadas ao sol para morrer ou para serem comidas pelo gado.

A restinga do Espírito Santo tem cerca de 300m de largura e acompanha todo o litoral do Estado. É uma área rica em Cattleya guttata, vários epidendrum, principalmente o epidendrum denticulatum, Brassavola e Vanilla. Os seedlings de guttata crescem sobre o emaranhado da vegetação e as raízes seguem em direção da areia onde captam a umidade ali existente. Existe uma gama enorme de coloração de guttatas nessa área.

A Cattleya guttata é a espécie representativa da restinga do Espírito Santo. Existem as guttatas de restingas e as de árvore. A Cattleya guttata de restinga floresce no final de fevereiro, já as de árvore florescem 2 meses depois. Existe um híbrido natural entre a Cattleya guttata e a Brassavola que é a Brassocattleya fregona que foi batizada em homenagem a Jayr Fregona. Infelizmente este híbrido foi coletado impiedosamente até a completa extinção.

Existe uma movimentação de algumas pessoas no sentido de tombar a restinga, mas é um processo difícil, pois estão dentro dos limites de fundos de fazenda e os fazendeiros geralmente são ou foram prefeitos das cidades onde ocorre a restinga e, portanto influentes o bastante para impedir o tombamento. Não bastassem os mateiros ainda existe o gado solto para pastar que devoram as orquídeas. O problema mais recente foi a descoberta de petróleo na área. Em outras áreas do Espírito Santo, a vegetação foi dizimada para dar lugar a pasto e atualmente para o plantio de eucalipto pela industria de papel.

A Laelia gloedeniana, nomeada em homenagem a Heitor Gloeden, é encontrada apenas em um morro perto de Marataízes o mote agha, antigamente, era abundante. Agora se encontra ameaçada sendo encontrada apenas em escarpas de difícil acesso. É uma planta de porte alto que cresce em uma camada de turfa depositada sobre a superfície da pedra.






Fonte: Redação Maratimba.com

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