Aumento de horas na escola e dias letivos aprovados em Campos
O aumento do número de horas do aluno na escola e a ampliação dos dias letivos, que estão em estudo pelo Ministério da Educação, tiveram aprovação em Campos. Mas, tanto o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), quanto os diretores, acreditam que as medidas não surtirão efeito se não houver melhoria da estrutura pedagógica e administrativa das unidades escolares.
A diretora do Sepe, Graciete Santana, defende a permanência do aluno em tempo integral. Para isso, segundo ela, será preciso investimento. “As escolas necessitam, por exemplo, de laboratórios para que os estudantes tenham condições de desenvolver suas habilidades”, afirmou ela, contestando, no entanto, a ampliação dos dias letivos. “Isso não é garantia de qualidade. Aumentaram de 180 para 200 dias e de nada adiantou”, indagou Graciete.
Neiva Sampaio, que integra a equipe da diretoria pedagógica da Regional Norte Fluminense, também defende a permanência em tempo integral, mas com atividade extra curso. “O Governo do Estado está implantando nas escolas da rede o ensino médio integrado, que vai agregar o currículo normal ao profissionalizante. Ainda não temos a listagem das escolas que vão oferecer essa nova modalidade, mas as unidades do município, certamente, serão beneficiadas”.
Já a diretora geral do Liceu de Humanidades, Celina Mateus Barbosa, afirmou que aumentar o número de horas do aluno na escola é uma necessidade, como também mais professores e material. “A gente continua convivendo com a carência de profissionais e material pedagógico. Diminuíram de Geografia, por exemplo, de três para duas/semanais, assim como História, quando deveriam priorizar a carga horária de matérias básicas”.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, atualmente, a criança ou o adolescente ficam 800 horas por ano na sala de aula, carga considerada baixa quando comparada a de outros países. “O aprendizado está relacionado à exposição ao conhecimento. Há um consenso no Brasil de que a criança tem pouca exposição ao conhecimento seja porque a carga horária diária é baixa ou porque o número de dias letivos é inferior ao dos demais países”, disse o ministro.
fonte:Folha da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário