terça-feira, 29 de junho de 2010

Polícia não confirma que manchas encontradas sejam de sangue

POR LESLIE LEITÃO

Rio - A Polícia Civil de Contagem, Minas Gerais, não confirma que as manchas encontradas no carro do goleiro Bruno sejam de sangue. Em uma perícia preliminar foram encontradas manchas avermelhadas dentro do Range Rover do jogador do Flamengo e em alguns objetos encontrados no sítio do atleta.

Segundo o chefe do Departamento de Investigação da Delegacia de Homicídios (DH), delegado Edson Moreira, uma perícia completa no veículo deve ser feita ainda hoje. "Não há como afirmar que é sangue", disse.



Carro do goleiro Bruno é periciado no pátio do Detran de Contagem | Foto: André Mourão / Agência O Dia
As autoridades ainda irão investigar que, se for comprovado que as manchas achadas for mesmo sangue, exame de DNA será feito para comparar com o da estudante Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do atleta e que pedia na Justiça o reconhecimento da paternidade da criança de quatro meses.

Cleiton Gonçalves da Silva, amigo de infância e motorista de Bruno, prestou depoimento na delegacia de Contagem na tarde desta terça-feira. A polícia quis saber mais detalhes sobre como o Range Rover do jogador, que foi apreendido pela PM por falta de licenciamento, vinha sendo utilizado. As autoridades pretendem cruzar as informações para saber se há relação com o desaparecimento de Eliza Samudio. Na saída, Cleiton se limitou a repetir a frase: "Sou inocente e não tenho nada a ver com isso", disse.

Na foto, Cleiton Gonçalves da Silva, amigo de infância e motorista de Bruno, prestou depoimento na delegacia de Contagem na tarde desta terça-feira | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Informações davam conta de que a polícia teria encontrado produtos roubados dentro do Range Rover de Bruno apreendido com o motorista do atleta. Um outro carro do jogador, um Volkswagen New Beetle, que ficava com Luiz Carlos, o Macarrão, foi levado do Rio de Janeiro para Minas Gerais para ser periciado. A Range Rover do goleiro foi periciada no pátio do Detran de Contagem e o material recolhido foi levado para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

A Polícia Civil do Rio foi ao hotel onde a ex-amante de Bruno havia ficado hospedada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. No entanto, não conseguiu imagens, já que o estabelecimento informou que suas câmeras não gravam, apenas filmam a entrada e saída de hóspedes. Os agentes querem saber quem pagou a conta de Eliza Samudio, que teria ficado pelo menos um mês no hotel.



Entrada do condomínio de Bruno, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O jogador não foi localizado nesta terça-feira | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
No início da tarde desta terça-feira, policiais voltaram ao sítio de Bruno para retirar as câmeras de vídeo do local. Na última segunda-feira, mais de 60 policiais, peritos e bombeiros participaram das buscas na propriedade do jogador, que terminaram no mesmo dia. Equipes examinaram o imóvel, onde acharam uma passagem aérea e fraldas. Houve diversas escavações. Durante boa parte do tempo, as buscas se concentraram perto de um poço artesiano. Peritos utilizaram luminol (substância química) para tentar encontrar vestígios de sangue. Na madrugada de domingo, policiais fizeram buscas na área externa do condomínio, mas nada foi achado.

O caso

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. Na última quinta-feira, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador. Ainda de acordo com informações recebidas pela polícia sob sigilo, o goleiro teria queimado roupas e pertences de Eliza após o crime.

Segundo a apuração da polícia, Bruno esteve no sítio entre os dias 6 e 10 de junho. Na noite de sexta-feira, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta estaria lá. A atual mulher do goleiro negou a presença da criança na propriedade.

No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que, por volta de 19h de sexta-feira, Dayane havia entregue o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, ela acabou presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade na manhã de sábado. Ela também será novamente convocada a depor.

fonte:odia.terra.com.br

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