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Mistério em Cachoeira

Transe em escola no Ceará: casos coincidem com morte de jovem em açude

 

Uma das estudantes que entraram em transe no prédio das escolas de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa e Estadual Nazaré Guerra, em Cachoeira, no Sertão Central do Ceará, encontrou um jovem morto, há cerca de um mês — exatamente quando o fenômeno começou a ocorrer nas salas de aula. O rapaz morreu afogado num açude. A adolescente, de 19 anos, foi uma das últimas a apresentar os sintomas que vêm assustando os moradores da cidade, que pertence ao município de Itatira.

— Ela retirou o corpo do adolescente do açude e, segundo o pai, ficou paralisada. Não chorou e foi para a aula normalmente, à tarde. No dia em que o padre (José Élio Correia de Freitas) veio rezar a missa, havia 20 dias do ocorrido. Quando ele disse que a situação teria sido causada por um trauma não verbalizado, ela passou mal pela primeira vez — explica o secretário de Educação Antônio Inácio.

A aluna integra o grupo de oito estudantes que a direção da escola encaminhou para acompanhamento psicológico. Desde o transe, chora muito e só dorme durante o dia.

Jovem não era da escola
O secretário de Educação e a diretora da Escola Estadual Nazaré Guerra, Maria Eliane Dias, negam que o jovem morto — identificado como Antônio Nunes Mendes, de 19 anos — fosse aluno do colégio ou que tivesse alguma relação com as demais crianças que entraram em transe.

— Quando as crianças passam mal, dizem, com voz diz: “Eu quero missa, eu quero minha missa”. A família do rapaz já celebrou missa para ele. A de um ex-aluno que morreu há sete anos também — diz a diretora.

Suposto disco voador

A 220 quilômetros de Fortaleza, capital do Ceará, Cachoeira tem cerca de três mil habitantes e economia baseada no plantio de banana, feijão e milho. Mas não é pela simplicidade que o lugarejo tem despertado a atenção nacional. No início de 2009, outro mistério apontou os olhares para o distrito cearense: a aparição de um suposto objeto voador não identificado (OVNI).

Visto e fotografado por uma jovem de 18 anos, o ponto de luz no céu — que a teria “perseguido” — causou pânico entre os moradores e despertou a curiosidade dos que acreditam na existência de extraterrestres.

À época, o Centro de Ufologia Brasileiro foi consultado, mas disse não poder afirmar que o objeto voador fosse uma nave espacial, dadas as condições da fotografia, com o fundo muito escurecido.

fonte:extra.globo.com